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Flutuando como um meia, jogador tem quatro assistências no torneio. Capitão do Atlético, vive primeira decisão da América
O apelido de Hulk já descreve parte das características do atacante do Atlético-MG, que estará em campo amanhã, contra o Botafogo, na final da Libertadores: explosão muscular, chute forte e jogo físico aprimorado fazem parte do arsenal do camisa 7, capitão do Galo. Mas seu jogo e importância tática para o time de Gabriel Milito vão muito além disso. Mesmo numa temporada mais discreta, o jogador de 38 anos é nome influente na campanha que levou o time mineiro à decisão continental.
Até aqui, Hulk soma 19 gols, sua temporada menos artilheira dentre as quatro desde que chegou ao Atlético. Ao mesmo tempo, está próximo de alcançar o número médio de assistências dos seus melhores anos no fundamento. São 12, próximas das 14 de 2023 e das 13 de 2021. Números que fazem parte também de um comportamento diferente de Hulk em campo.
Com Milito, o atacante tem flutuado mais como um meia, circulando nas faixas de frente para a grande área e buscando mais os passes em profundidade, principalmente no torneio continental.
Se no Brasileirão marcou 10 gols (quatro de pênalti), na Libertadores fez apenas um, mas contribuiu com quatro assistências, totalizando cinco participações em gols em dez jogos pela competição. De acordo com o site Sofascore, Hulk tem média de 2,1 passes decisivos por jogo no continental, contra um por partida no Brasileiro.
A reta final de uma temporada em que o Galo foi à decisão da Copa do Brasil também tem pesado fisicamente para o jogador, que tem histórico curto de lesões, mas tem a carga de esforço muscular acompanhada de perto pelo clube.
Apesar de ser referência no ataque nas suas primeiras temporadas de Atlético, Hulk nunca foi um centroavante de ofício. Em agosto, ganhou no ataque a companhia de Deyverson, um camisa 9 de ofício que o permite a Hulk voltar a exercitar mais o movimento que faz melhor, de chegada na área em velocidade.
Os mapas de calor do jogador mostram que ele pisa de maneira menos diversificada na área em 2024 em relação a 2023. Em seus melhores momentos no Atlético, Hulk se acostumou a usar e abusar de uma tabela rápida com companheiros que se posicionavam de costas para as defesas. Aproveitava-se da velocidade do lance e do poderio físico para ultrapassar os zagueiros, aparecer para receber e finalizar de forma forte no gol.
Temporada à parte, o poder dos chutes de Hulk é um dos principais fatores que tornaram o atacante uma figura tão decisiva nos últimos anos e perigosa para o Botafogo na final. O GLOBO reviu os 114 gols marcados pelo atacante com a camisa do Atlético-MG e constatou que dos 78 feitos em situações que não foram cobranças de pênalti (nas quais balançou as redes 36 vezes), 22 foram aproveitando essa característica: 11 em cobranças de falta e 11 em finalizações de fora da área.
Na semifinal da Copa do Brasil, contra o Vasco, Hulk marcou um golaço da entrada da área para dar a classificação ao Galo para a decisão.
— Mais um gol decisivo. Eu confio muito nele e isso não é uma surpresa para nós. Ele é o nosso capitão, o nosso líder. É um exemplo como profissional e como ser humano — elogiou Milito, na ocasião.
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