Secec-DF divulga resultado final de blocos para o DF Folia 2025
Sessenta e dois blocos divididos por categorias (novo, pequeno, médio, grande, super e mega)
O cineasta e o músico lançam publicações que reúnem poesias, pensamentos e letras não gravadas pela banda Radiohead
Vamos ignorar, por favor, qualquer possibilidade de metáfora e o fato de que um deles é músico. Portanto, cria canções, com letras. Ainda assim, é notório que o cineasta Tim Burton e o compositor Thom Yorke não são conhecidos como poetas. Até agora.
Mesmo que não haja registros de que os dois artistas, um dia, possam ter se encontrado, uma feliz coincidência acaba de reuni-los, ao menos nas prateleiras de livrarias físicas e virtuais brasileiras.
Enquanto a editora Seguinte acaba de lançar no Brasil “O triste fim do pequeno Menino Ostra e outras histórias”, livro com poemas e ilustrações de Burton, a Darkside publica “Nação tomada pelo medo”, com versos e digressões de Yorke em parceria com Stanley Donwood, designer que acompanha o Radiohead desde 1994, cuidando, inclusive, das capas dos discos da banda capitaneada por Yorke.
O livro de Burton, em oportuna edição bilíngue, evidentemente não é para crianças, mas para jovens e adultos alinhados com a linha de pensamento dark e de humor ácido do cineasta de “Os fantasmas ainda se divertem: Beetlejuice Beetlejuice”.
Em 23 poemas com grandes doses de melancolia e ternura, Burton conta e ilustra histórias rimadas, que parecem fábulas desgraçadas, de criaturas como a Menina Trash (“Dela ninguém se esquecerá:/ a cara suja de carvão,/ a pele de puro cascão,/ e uma catinga de gambá.”) e o Menino Brie (“Os meninos reclamavam do seu cheiro de chulé./ Mas pelo menos Brie se dava bem com o vinho Chardonnay.”). Um livrinho adorável e perfeitamente indicado para os fãs do diretor americano.
Agora se você for um fã do Radiohead e das letras de Yorke para sua banda, a dica é conferir “Nação tomada pelo medo”, com letras dos discos “Kid A” (2000) e “Amnesiac” (2001) mais outros poemas, pensamentos e o que deu na telha do compositor britânico.
Em “Pontos de exclamação”, ele diz: “Alguns dias deveriam ter pontos de exclamação depois./Ontem teve casas fotorrealistas, com pinturas de chamas vindas dos telhados./ Eu o vi do alto da colina quando estava procurando comida!”
Coube a Donwood ilustrar de forma bem livre e nervosa tudo isso, como uma espécie de caderno de rascunhos dos dois, com alguns momentos interessantes e que funcionam melhor ouvindo o som da banda de Abingdon como trilha sonora. O único porém é não ser uma edição bilíngue.
‘A menina de muitos olhos’
Dia desses no parque
vi uma moça de raro encanto
Tinha tantos olhos, tantos,
que, confesso, fiquei meio tonto.
A sua beleza não era pouca
(aliás, que tremenda gatinha!),
quando notei que tinha boca,
engatamos uma conversinha.
Falamos sobre ecologia,
sobre suas aulas de poesia,
sobre os óculos que usaria
se um dia tivesse miopia.
Mas, de tudo, o que eu mais adoro
é seu olhar diversificado.
Se, entretanto, ela cai no choro,
não tem quem não fique molhado.
Poema de Tim Burton
Sessenta e dois blocos divididos por categorias (novo, pequeno, médio, grande, super e mega)
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