BRASÍLIA
Uso rigoroso de equipamentos garante segurança no Túnel de Taguatinga
11 de maio, 2022A utilização da proteção, tanto individual quanto coletiva, colaborou para que nenhum acidente grave tenha sido registrado nos quase dois anos de construção Protetor auricular, […]
A utilização da proteção, tanto individual quanto coletiva, colaborou para que nenhum acidente grave tenha sido registrado nos quase dois anos de construção
Protetor auricular, óculos, máscara, luvas, botas… Não é à toa que nenhum acidente grave foi registrado nos quase dois anos de construção do Túnel de Taguatinga. O uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) faz parte da rotina na obra – é vestindo e tirando esses aparatos de segurança que os funcionários começam e terminam o dia de trabalho.
O ritual seguido por Marinaldo Pereira de Souza, 40 anos, é sagrado. Antes de subir em um andaime com mais de dois metros de altura munido de um martelete, ferramenta usada para desgastar as paredes do túnel, o operário veste seis EPIs. O primeiro item é a máscara, importante para evitar que a poeira da obra seja inalada.
“Aí eu coloco o protetor auricular, porque o martelete faz bastante barulho. Em seguida, vem o capacete e os óculos, que me protegem de qualquer pedacinho de concreto que voe na minha direção”, conta Marinaldo. Depois de subir no andaime, é hora de prender o cinto de segurança na estrutura metálica. “O último item que visto é a luva gorila”, diz.
O apelido caiu no gosto dos funcionários do túnel. Tudo por conta da aparência da luva antivibração, usada por quem trabalha com máquinas que trepidam muito. O engenheiro em segurança do trabalho Jefferson Gama explica que o equipamento é essencial para evitar uma enfermidade conhecida por Síndrome de Raynaud.
“Sem as luvas, a forte vibração altera a circulação sanguínea na extremidade dos dedos”, explica Gama. “A pessoa pode sentir dor, há perda de sensibilidade e as pontas ganham uma coloração esbranquiçada. Por isso, essa condição também é conhecida como Síndrome do Dedo Branco.”
Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Além do modelo antivibração, os funcionários do Túnel de Taguatinga convivem com outros dois tipos de luvas. “A de couro é multiuso e a de látex é usada pelos pedreiros”, aponta Gama. “Temos também dois tipos de botas: a de couro, para ambientes secos, e a de borracha, para pisos molhados.”
Se o uso de EPIs depende da função que cada operário exerce, os equipamentos de proteção coletiva são para todos. É o caso das telas de isolamento, que servem para sinalizar e bloquear o acesso aos vãos na obra. “Estamos tomando todos os cuidados necessários para garantir a segurança dos funcionários”, afirma Gama. “Queremos concluir o túnel sem nenhum incidente grave”, finaliza.