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Em nota de retratação, o presidente do PL caracterizou o episódio como fruto de ‘ações desordenadas que, infelizmente, resultaram em condenações severas’
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, se desculpou após ter se referido aos condenados do 8 de janeiro como “golpistas”. O político usou a expressão na tarde desta segunda-feira, durante uma entrevista concedida ao vivo ao programa Estúdio i. Horas depois, uma nota de retratação assinada por ele foi publicada nas redes sociais do PL.
Durante a entrevista, ao ser questionado se o projeto de lei de anistia — que seria julgado hoje na CCJ, mas foi adiado pela criação por Arthur Lira (PP) de uma comissão especial para a análise do texto — incluiria o ex-presidente Jair Bolsonaro, ele respondeu: “Eu entendo que não há como incluir Bolsonaro. Seria só aos golpistas. O processo de Bolsonaro nem foi julgado ainda”.
Após a fala repercutir mal entre o público bolsonarista, Valdemar justificou o uso expressão por ela ter sido mencionada pelos entrevistadores, mas disse que isso “não refletia a sua opinião pessoal”. “Analisando minha fala, é evidente que não acredito que os eventos de 8 de janeiro tenham se configurado como um golpe de Estado. Na verdade, considero que foram ações desordenadas que, infelizmente, resultaram em condenações severas”, escreveu no comunicado.
“Peço desculpas pelo equívoco gerado e reafirmo meu compromisso com um debate respeitoso sobre temas tão importantes”, completou ele. Em seguida, o perfil do partido publicou o trecho de outra entrevista em que Valdemar se refere aos condenados como bagunceiros, mas diz que “aquilo nunca foi golpe”.
“Um golpista com pedaço de pau? Só no Brasil. Golpe é com metralhadora, com tanque de guerra. Aquilo não foi golpe nunca. Aquilo foi um bando de bagunceiros que têm de ser condenados, mas não a 17 anos”, disse ele.
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