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Você tem muitos pesadelos? Problema pode estar relacionado a solidão; entenda
29 de outubro, 2024Solidão e distúrbios do sono podem aumentar riscos de doenças cardíacas, derrame e morte prematura
Novo estudo descobre que pessoas solitárias são mais propensas a ter pesadelos, de acordo com uma colaboração que incluiu um cientista da Universidade Estadual do Oregon. Segundo os pesquisadores, o resultado é importante pois tanto a solidão, quanto os distúrbios do sono estão conectados ao aumento do risco de doenças cardíacas, derrame e morte prematura.
Em um artigo publicado no Journal of Psychology, Colin Hesse da Universidade Estadual do Oregon e pesquisadores da Universidade do Arizona, da Universidade de Tampa e da Universidade Whitworth observam que o estresse faz parte do elo entre a solidão e a frequência e intensidade dos pesadelos.
Além dele, outros fatores estão a preocupação, ansiedade e a hiperexcitação, descrita como o estado de estar alerta e focado.
“Relacionamentos interpessoais são uma necessidade humana essencial. Quando a necessidade das pessoas por relacionamentos fortes não é atendida, elas sofrem física, mental e socialmente. Assim como fome ou fadiga significam que você não obteve calorias ou dormiu o suficiente, a solidão evoluiu para alertar os indivíduos quando suas necessidades de conexão interpessoal não estão sendo atendidas”, explica Hesse, diretora da Escola de Comunicação da Faculdade de Artes Liberais da Universidade Estadual do Oregon.
A solidão é uma condição generalizada que prejudica significativamente o bem-estar, causando sofrimento em uma variedade de formas, incluindo sono prejudicado. A experiência de pesadelos é uma maneira pela qual a qualidade do sono é prejudicada.
Os resultados do estudo também oferecem uma explicação para os pesadelos que está enraizada na evolução. Segundo os pesquisadores, os humanos evoluíram para sentir estresse, ruminação e ficar mais alerta quando solitários.
“O sono restaurador de qualidade é um ponto-chave para o funcionamento cognitivo, regulação do humor, metabolismo e muitos outros aspectos do bem-estar. É por isso que é tão crítico investigar os estados psicológicos que interrompem o sono, sendo a solidão a chave entre eles”, afirma Hesse.
De acordo com a Sleep Foundation, estima-se que entre 50 e 70 milhões de americanos tenham algum tipo de distúrbio do sono.
“É muito cedo para falar sobre intervenções específicas de uma forma concreta, mas nossas descobertas são certamente consistentes com a possibilidade de que tratar a solidão ajudaria a diminuir as experiências de pesadelo de alguém. Essa é uma possibilidade a ser abordada em estudos clínicos controlados”, diz a pesquisadora.