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Em comunicado, plataforma também afirmou que ‘continua os esforços’ junto ao governo para ‘retornar o quanto antes’ ao país
Após alguns usuários relatarem que voltaram a conseguir acessar o X no Brasil nesta quarta-feira, a plataforma afirmou, em comunicado publicado no fim da noite, que o retorno temporário do serviço se deu em decorrência de uma mudança no “provedor de rede”. O bloqueio da rede social no país foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), após uma queda de braço que envolveu o descumprimento de decisões por parte da empresa e ataques do bilionário Elon Musk, proprietário do X, ao magistrado.
“Quando o X foi encerrado no Brasil, nossa infraestrutura para atender a América Latina não estava mais acessível à nossa equipe. Para continuar a fornecer um serviço ideal aos nossos usuários, mudamos de provedor de rede”, explica o texto em inglês.
Segundo a plataforma, a mudança “resultou na restauração inadvertida e temporária do serviço aos usuários brasileiros”. Em seguida, o diz informa esperar que o serviço “fique inacessível novamente em breve”. “Continuamos os esforços para trabalhar com o governo brasileiro para retornar o quanto antes para o povo do Brasil”, encerra o comunicado.
A equipe técnica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) constatou nesta manhã que o conteúdo do X foi colocado em redes de servidores, chamadas de CDNs (Redes de Entrega de Conteúdo), onde não estavam até a véspera. Com isso, não estavam bloqueados os endereços exclusivos que identificam os dispositivos na internet (chamados de IPs) a partir dessas novas redes em uso. Desta forma, usuários que foram direcionados para esses novos servidores tiveram o acesso restabelecido.
O X funcionava por meio de servidores próprios, mas agora está usando também empresas que prestam serviço de entrega de conteúdo, conhecidas como CDN. Quando houve determinação de suspensão do X no Brasil, ocorreu o bloqueio dos endereços ligados a esses servidores próprios. Com a mudança, o veto deixou de alcançar a rede social, e o X acabou “driblando” a decisão do Supremo.
Agora, para que o X saia do ar novamente, os novos serviços precisam suspendê-lo. Se isso não ocorrer, Carlos Affonso, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) e professor da faculdade de Direito da Uerj, explica que a única maneira de derrubar a rede social no país seria bloqueando as empresas provedoras:
– É complicado, porque debaixo do endereço dessas empresas você tem uma série de outros sites. Dá para pedir que ela não distribua conteúdo do X. Resta saber se ela vai cumprir isso. A gente pode estar rumando para uma enrascada, em que as empresas podem não querer cumprir a decisão do Supremo, e aí vai ter site grande caindo ou enfrentando instabilidade se o STF resolver seguir pelo bloqueio de endereços dessas empresas – afirma.
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