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Zelenski diz que russos bombardearam região de Kherson 258 vezes em uma semana

29 de novembro, 2022

Enquanto presidente denuncia ataques ao país, vencedora do Nobel da Paz pede mais armas para enfrentar Moscou RESUMINDO A NOTÍCIA Presidente da Ucrânia afirmou que Kherson foi bombardeada 258 vezes em uma semana Zelenski disse que a estação de bombeamento de água para a cidade de Mykolaiv foi danificada Parte de organização vencedora do Nobel …

Enquanto presidente denuncia ataques ao país, vencedora do Nobel da Paz pede mais armas para enfrentar Moscou

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Presidente da Ucrânia afirmou que Kherson foi bombardeada 258 vezes em uma semana
  • Zelenski disse que a estação de bombeamento de água para a cidade de Mykolaiv foi danificada
  • Parte de organização vencedora do Nobel da Paz, Matviitchouk pediu armas para a Ucrânia
Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante discurso em evento

GENYA SAVILOV/AFP – 26.11.2022

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse nesta segunda-feira (28) que as Forças Armadas da Rússia bombardearam 30 áreas na região de Kherson, no sul do país, por pelo menos 258 vezes durante a última semana.

O exército da Rússia se retirou da margem oeste do rio Dnipro no início deste mês, mas têm bombardeado cidades e vilarejos, incluindo a cidade de Kherson, de novos pontos na margem oposta.

Em discurso, Zelenski também disse que as forças russas danificaram uma estação de bombeamento que fornece água para a cidade de Mykolaiv, a noroeste de Kherson, em mais um ataque contra infraestruturas vitais para o país.

Nobel da Paz pede armas para a Ucrânia

À medida que a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz se aproxima, a chefe de uma das organizações contempladas com a honraria pediu nesta segunda-feira que a comunidade internacional forneça armas à Ucrânia para ajudar o país a se defender e acabar com as atrocidades.

“Quando alguém me pergunta como acabar com esses crimes prolongados nos territórios ocupados, só posso responder: fornecer armas à Ucrânia para libertar esses territórios”, disse à AFP em Estocolmo a advogada ucraniana de direitos humanos e presidente do Centro de Liberdades Civis, Oleksandra Matviitchouk.

“Devemos evitar mais danos à infraestrutura civil. E precisamos de sistemas de defesa antiaérea. Precisamos de outros tipos de equipamentos militares que possam nos ajudar a defender nossos céus”, continuou.

A organização, co-laureada este ano com o Prêmio Nobel da Paz, assim como o defensor dos direitos humanos bielorrusso Ales Beliatski e a organização russa Memorial, receberá o prêmio em uma cerimônia em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel.

“É uma situação estranha para mim e um sinal claro de que algo está errado com todo o sistema internacional quando uma advogada de direitos humanos pede sistemas de defesa aérea”, concluiu.

A Ucrânia quer transformar alguns dos cenários que a invasão russa no país tornou internacionalmente famosa em destinos turísticos para promover este setor e, ao mesmo tempo, ajudar a não esquecer o sofrimento e a destruição que sofreu nas mãos da Rússia

A informação foi confirmada à EFE por Mariana Oleskiv, presidente da Agência Estatal de Turismo e Desenvolvimento da Ucrânia, que participou em Praga da 104ª Assembleia Geral da Comissão Europeia de Viagens

Dessa forma, a destinos já conhecidos como a antiga central nuclear de Chernobyl, que em 2019 foi visitada por mais de 100 mil pessoas, a capital Kiev e a cidade patrimônio da Unesco de Lviv, querem agora adicionar 'novos produtos relacionados com a guerra'

Por enquanto, a agência estatal ucraniana começou a trabalhar com cidades como Bucha e Irpin, onde centenas de civis foram mortos por tropas russas. Oleskiv opinou que o turismo seria uma forma de “celebrar esses lugares', que foram símbolos dos combates e atrocidades cometidas pela Rússia na Ucrânia

“Tenho a certeza que as pessoas vão ter interesse em saber o que aconteceu”, declarou, acrescentando que é importante “construir memoriais que recordem a guerra, alguns acontecimentos trágicos e de coragem”

Esse foco no turismo, segundo disse, é uma forma de preservar a memória histórica, agora que “estão frescos os acontecimentos dramáticos vividos” durante os nove meses que já duram a invasão russa. Outra parada deste futuro circuito turístico, que terá seu monumento comemorativo, será o aeroporto de Hostomel, libertado pelos soldados ucranianos

A prioridade agora é trabalhar com o turismo local, que caiu 50% em relação a 2021.Em todo o caso, os gestores de turismo ucranianos duvidam que já tenha chegado o momento de promover estes destinos turísticos, uma vez que a guerra continua e o país não pode relaxar

'Trabalhamos muito para vencer a guerra e todos precisamos recarregar nossas baterias e recuperar forças para continuar lutando por nós mesmos', comentou a principal responsável pela promoção do turismo ucraniano

Felizmente, segundo Oleskiv, a guerra não destruiu a infraestrutura turística. Em relação aos visitantes em potencial, a campanha de turismo na Ucrânia se concentrará naqueles que apoiaram a Ucrânia de alguma forma

'A mensagem é 'obrigado pelo apoio, pelas doações, por ajudar os refugiados e dar-lhes empregos. Agora precisamos que você venha e gaste dinheiro aqui. Ajude-nos financeiramente'', explicou Oleskiv, destacando que parte da estratégia seria conseguir o apoio de celebridades que visitaram a Ucrânia durante a guerra

  • Fonte: INTERNACIONAL | Do R7, com informações da AFP e da Reuters

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