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Sejus: canal para dúvidas e receber denúncias

31 de julho, 2020

Entre os anos 2000 e 2013, um total de 1.758 brasileiros foram vítimas e reféns de exploração sexual, trabalho forçado ou remoção de órgãos Para […]

Sejus: canal para dúvidas e receber denúncias
Foto: Divulgação/grancursos

Entre os anos 2000 e 2013, um total de 1.758 brasileiros foram vítimas e reféns de exploração sexual, trabalho forçado ou remoção de órgãos

Para alertar e conscientizar a população do DF sobre a gravidade do tráfico humano, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) tem um novo canal para prestar informações e receber denúncias deste crime, o Disque 2104-4228. A medida está relacionada ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado nesta quinta-feira (30). Segundo o Ministério da Justiça, entre os anos 2000 e 2013, um total de 1.758 brasileiros foram vítimas e reféns de exploração sexual, trabalho forçado ou remoção de órgãos.
“Temos que denunciar para combater o tráfico, e mais: conhecer o perfil dos aliciadores e entender as manifestações desse crime que, inclusive, pode acontecer perto da gente de forma silenciosa”, afirma a secretária da pasta, Marcela Passamani. Ainda de acordo com ela, a Secretaria está na luta para prevenir e enfrentar este crime com políticas públicas. “Precisamos reduzir as situações de vulnerabilidade social. Por isso, estamos empenhados em dar as mãos às iniciativas locais e nacional de prevenção”, ressalta.

No Distrito Federal, é a Sejus que presta apoio e atendimento psicossocial às vítimas e aos familiares, além de desenvolver estudos, pesquisas e políticas públicas de proteção e articular a rede de atenção ao tráfico de pessoas. Também ministra palestras sobre este tema nas redes de ensino, forma parcerias com organizações da Sociedade Civil e fortalece o Comitê de enfrentamento a essa violação. Essas ações são desenvolvidas pela Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav).

Saiba como prevenir:
Atraídos por promessas de emprego com salários em dólar, as pessoas são escravizadas ou até mortas. O discurso de vida fácil faz com que as vítimas apostem tudo o que têm em busca de melhores condições. Entretanto, ao chegar no exterior ou até mesmo em outro estado, é quando o sujeito percebe que caiu em um golpe. Segundo autoridades da Justiça brasileira, em 2016, foram 173 pessoas traficadas desta forma. Dessas, 122 eram mulheres.
Dados produzidos pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) indicam que o tráfico de pessoas explora cerca de 2,5 milhões de indivíduos no mundo. Enquanto uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) revela que esse crime transnacional só é superado pelo tráfico de drogas e pelo de armas, sendo considerado a terceira atividade ilegal mais praticada em nível internacional.
É por isso que a Sejus recomenda os seguintes cuidados: 
• Antes de aceitar ofertas de trabalho, conheça seus direitos e as condições de trabalho;
• Desconfie de ofertas muito atrativas, com altos salários, em países estrangeiros ou fora do seu local de residência no Brasil;
• Informe seu telefone e endereço para familiares e amigos; e
• Não entregue seus documentos pessoais, incluindo passaporte, para pessoas desconhecidas.
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania