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13 de maio, 2021

Afinal, porque caiu o viaduto? Dia 6 de fevereiro de 2018 um viaduto do Eixão Sul ruiu. Resultado de muitos anos sem uma conservação adequada, […]

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Uma parte de um viaduto desabou por volta do meio-dia no Eixão Sul, na área central da capital federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Afinal, porque caiu o viaduto?

Dia 6 de fevereiro de 2018 um viaduto do Eixão Sul ruiu. Resultado de muitos anos sem uma conservação adequada, agravada nos anos anteriores à queda quando vários laudos técnicos apontaram falhas graves na estrutura. Soaria engraçado – se não fosse trágico – o festival de acusações que antigos altos funcionários de governos passados estão trocando, na tentativa de se livrar de uma punição, que não deve ser leve. Cada um aponta o dedo para outro, tentando empurrar a batata quente para outra administração. O inquérito foi concluído pela Coordenação de Repressão ao Crime Organizado (Cecor), da Polícia Civil.

Os pais da tragédia

Júlio Peres, Maurício Canova e Antônio Coimbra disputam a “paternidade” da desgraça, mas que deveria ser dividida também com os governadores Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg. Todos eles sabiam do risco que se estava correndo não apenas naquele viaduto da Galeria dos Estados, que desabou, mas em outras estruturas. Estava tudo documentado em laudos feitos pela Universidade de Brasília e Tribunal de Contas do DF.Ibaneis não é o adversário dos sonhos de ninguém.

Ponte preservada

O perigo de ver o concreto rachar de vez em Brasília – uma premonição da banda de rock Plebe Rude – só foi afastado no atual governo, quando foram promovidas reformas estruturais em todos os viadutos da área tombada, inclusive nas tesourinhas. Agora o cuidado chega à Ponte Costa e Silva, bela estrutura projetada por Oscar Niemeyer, que está recebendo um investimento de R$ 14 milhões para que seja inteiramente recuperada.

Nova galeria

Depois que o viaduto foi reerguido – só na gestão de Ibaneis Rocha, é bom lembrar – e a Galeria dos Estados foi inteiramente renovada (melhor agora, depois das paralisações provocadas pela pandemia), a região voltou a ser valorizada. Empresários querem sensibilizar o governo para privatizar a administração da área, criando um ponto de encontro na região central de Brasília, e para instalar um posto policial no local, para combater a prostituição e o tráfico de drogas.

Pesquisa sem golpe

Pesquisadores da Codeplan estão ligando para moradores de todas as regiões do Distrito Federal, cheios de perguntas na prancheta. O objetivo da Pesquisa de Hábitos é observar como a vida do brasiliense mudou com a pandemia da covid-19, buscando saber como está se dando a circulação das pessoas a partir da ida à igreja, supermercados, bancos etc. Mas é preciso ficar atento: nenhum pesquisador está autorizado a pegar dados pessoais, como número de CPF ou informações bancárias. Se perguntarem por isso, é golpe.

500 mil aliviados

A conclusão da saída norte – uma obra deixada inacabada, que começou há 12 anos e teve 50% concluída em pouco mais de dois anos do atual governo – é motivo de alívio e festa para 500 mil moradores. Entregue hoje pelo governador Ibaneis Rocha é, segundo ele, “confirmação do compromisso que tem com o DF, independentemente de quem tenha começado”. Valmir Sales, morador de Sobradinho que trabalha no Plano Piloto, disse que foi surpreendido. “Governadores não gostam de concluir obras deixadas pelos antecessores. Ainda bem que esse Ibaneis é diferente”, disse.

Homenagem a Roriz

Durante a solenidade de inauguração do Complexo Viário Governador Roriz, Ibaneis Rocha entregou uma placa de placa à família de Joaquim Roriz. O nome da obra monumental, segundo ele, faz justiça a um homem que reconhecidamente fez muito pelo Distrito Federal e que representa o MDB, seu partido, em seu melhor.

 

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