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Reguffe é candidato, mas não muito

O senador Reguffe disse que é candidato ao Governo do Distrito Federal… mas pode não ser. Ao mesmo tempo em que fez o anúncio de candidatura colocou tantas condicionantes que está revelado publicamente o nível de pressão que ele vem sofrendo de supostos aliados, todos acreditando que têm o senador na ponta das cordas, como acontece com as marionetes. Reguffe teria que dividir o poder com pessoas em que não confia – ou, até pior, desconfia – e que já fazem até a divisão do poder no caso de uma eleição.

É só o começo

O senador só decidiu gravar o vídeo exibido ontem pelas redes sociais porque não estava mais aguentando o tranco. Alguém precisa avisar a ele que vai piorar.

Muitos espertos num jogo só

Era um jogo de espertos. De um lado o casal Belmonte (Paula, deputada federal pelo Cidadania e Luiz Felipe, suplente de senador); do outro, o senador tucano Izalci Lucas. Na fusão – ou federação, vá lá – entre PSDB e Cidadania, só restou uma vaga para a disputado do GDF e a confusão começou. Paula Belmonte disse que tinha prioridade na escolha do candidato (ele tem pretensão de ser senadora numa chapa encabeçada pelo senador Reguffe) e Izalci falou que a prioridade era dele e que ele seria o candidato.

Comando é de Izalci

Paula Belmonte afirmou que o registro da federação no DF dava a ela a prioridade; Izalci, por sua vez, sempre disse que a preferência seria dos PSDB. Na noite de quarta-feira, Izalci conseguiu que o presidente nacional da federação que uniu dos dois partidos, o tucano Bruno Araújo, publicasse a decisão do colegiado nacional que deu a Izalci poderes para comandar o processo eleitoral nas eleições do Distrito Federal. Claro que o senador divulgou aos quatro ventos.

Candidato já definido

Pela decisão do tapetão nacional da federação, o senador Izalci tem a responsabilidade de concluir as negociações para formar a coligação com outros partidos, a chapa para governador e senador do Distrito Federal e as candidaturas proporcionais. E Izalci não abre mão de ser ele o candidato.

Luta vai até o fim

A presidente do Cidadania não gostou. E disse que o partido não reconhece a validade da decisão de colocar o senador como cabeça de chapa que, segundo ela, seria meramente indicativa, além de não ser do conhecimento do presidente nacional da agremiação, Roberto Freire. Paula Belmonte promete lutar até o fim.

Casal que briga unido…

O marido de Paula, Luiz Felipe Belmonte, que além de ser presidente do PDC no DF é também suplente do senador Izalci, se irritou com a bolada que levou. “Já está resolvido”, escreveu num grupo de mensagens eletrônicas. “Não discutirei a respeito. Aqui tem um rochedo e o mar não vai passar por cima fácil, não. Posição política se conquista, inclusive com apoios. Não serão aceitas imposições. Agora é comigo”, desafiou.

Vaga na carteira

Sabe-se que Belmonte foi um grande contribuinte para a campanha de Izalci Lucas para o Senado na eleição passada e, por este motivo, obteve a vaga de suplente na chapa. O engraçado é ele dizer a Izalci, que está na política do DF há anos, que posição política se conquista. Ao que se saiba o grande argumento de Belmonte está na carteira recheada com dinheiro obtido em ações com precatórios.

Presente de aniversário

Aliás, a decisão do tucanato nacional foi comunicada no dia do aniversário de Paula Belmonte, que certamente não tinha feito esse desejo ao soprar as velinhas do bolo.

Portifólio renovado

A deputada Flávia Arruda tirou todas as fotos de seu Instagram em que aparecia ao lado do governador Ibaneis Rocha. Mas ela jura que não está rompida com ele. Talvez seja só para renovar o portifólio mesmo, vai saber…