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1 de fevereiro, 2025O eleitor entre mentiras e verdades O eleitor vai ter muito trabalho para separar mentiras e verdades nessa eleição. Um dos campeões das notícias falsas até agora é o candidato da federação que junta PV-PT e PCdoB, deputado distrital Leandro Grass. No primeiro debate entre os candidatos, realizado pela TV Band, ele acusou o governador …
O eleitor entre mentiras e verdades
O eleitor vai ter muito trabalho para separar mentiras e verdades nessa eleição. Um dos campeões das notícias falsas até agora é o candidato da federação que junta PV-PT e PCdoB, deputado distrital Leandro Grass. No primeiro debate entre os candidatos, realizado pela TV Band, ele acusou o governador Ibaneis Rocha de ter mandado dinheiro para municípios do Piauí. Pacientemente, o governador explicou não mandou dinheiro algum, até porque não é parlamentar e não tem essa atribuição ou poder, exclusivo de deputados federais e senadores.
Dinheiro veio da Codevasf
O dinheiro que chegou a prefeituras do Piauí e de Tocantins, na verdade, é parte de um investimento da Codevasf. O Distrito Federal tem uma pequena parte de seu território na área de influência da companhia e teve direito a pouco mais de R$ 53 milhões de uma emenda do senador tocantinense Eduardo Gomes (MDB), que mora há 30 anos no Distrito Federal, e soube dessa necessidade, já que nenhum dos senadores eleitos pelo DF buscou esses recursos para investir na área rural. Todos os projetos do GDF para essa região foram contemplados, inclusive a pavimentação asfáltica de todas as estradas vicinais que levam às escolas rurais.
Ibaneis não pode tudo
Houve sobra de recursos, esta sim destinada a municípios do Piauí e Tocantins que tinham projetos prontos para executar. Mas quem enviou os recursos foi o senador e não o governador Ibaneis, que pode muito mas não pode tudo. O governador apenas encaminhou os prefeitos interessados nos recursos para as autoridades federais. Tudo isso foi explicado, mas Leandro Grass não se conformou e repetiu as acusações em postagens nas redes sociais.
Vai que cola a cascata
O deputado publicou o vídeo da acusação, afirmando que o governador deveria ter mandado o dinheiro para o Entorno, sem dizer para o eleitor que as cidades vizinhas ao DF não ficam na região coberta pela Codevasf e muito menos que o governador não tem poderes para lidar com orçamento federal. Mas a verdade pouco importa nessas horas. Como se diz numa das palavras da moda, o negócio é dominar a “narrativa” – vai que cola.
Escândalo em baixo do pano
A candidata Leila Barros (PDT) não se constrangeu em citar o BrB no debate. Ela disse que criaria uma agência de desenvolvimento no banco para incentivar a economia. Foi um risco enorme. Ela escondeu que o BrB tempos do governo de Rodrigo Rollemberg (e do qual ela fez parte do primeiro escalão durante todo o período), foi protagonista de um enorme escândalo financeiro, que acabou com a prisão do presidente e de grande parte da diretoria. Será que Leila chamaria de volta a diretoria passada?
Saiu porquê, porquê saiu?
O candidato Rafael Parente também não disse a verdade quando tentou justificar sua saída governo Ibaneis Rocha, onde foi secretário de Educação. Ele disse que saiu por não concordar com a implantação das escolas cívico-militares – que aliás são aprovadas por 90% da sociedade – mas não é verdade, tanto que ele próprio inaugurou algumas dessas escolas. Parente aposta na falta de memória das pessoas, mas a verdade é que foi demitido por não conseguir entregar o que havia prometido.
Sem resposta
Ibaneis mandou muito bem quando disse que durante a pandemia, quando a população estava recolhida, inclusive todos os candidatos e jornalistas que participavam do debate da Band, ele trabalhou todos os dias, indo ao gabinete dele onde estavam instalados diversos monitores que controlava todos os números e ações contra a covid-19. Ficaram todos sem resposta. O governador é reconhecido pela coragem de enfrentar aquele momento difícil.