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12 de agosto, 2022

A saia justa de Grass contra o PT Leandro Grass, candidato da federação que juntou PV, PT e PCdoB, ainda não conseguiu sair da saia […]

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A saia justa de Grass contra o PT

Leandro Grass, candidato da federação que juntou PV, PT e PCdoB, ainda não conseguiu sair da saia justa em que entrou por declarações passadas sobre o Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula. Memes diversos continuam circulando pelas redes sociais, chamando Grass de “o candidato do PT que não gosta do PT”. Tudo por conta de declarações que Grass deu no passado, tentando defender Marina Silva e atacando os petistas – inclusive defendendo a prisão depois do julgamento em segunda instância, como o caso de Lula.

Máquina de mentiras

Grass também chamou o Partido dos Trabalhadores de antidemocrático por se recusar a participar da posse do presidente Bolsonaro. E disse que em 2014, na eleição de Dilma Rousseff, o Brasil viveu um estelionato eleitoral, com campanhas feitas pelo Caixa 2 e desconstrução pessoal de Marina Silva pelo PT, vítima do que chamou de “máquina de mentiras”.

Sem compromisso com a fala

Em outra postagem, Leandro Grass, que agora posa abraçadinho com o ex-presidente Lula, diz: “Populista são assim. Até nas desgraças humanas tentam se manter como salvadores da pátria ou “pais dos pobres”. E concluiu: “Lula e Bolsonaro. Mas serve também para Maduro, Trump e outros”. Como dizem alguns, deu ruim. E agora Grass tenta torcer as próprias palavras, mostrando que não tem o menor compromisso com o que fala.

Sabedoria popular

Tem um ditado que diz: “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”.

Complicações de Paulo Octávio

O empresário Paulo Octávio está mexendo com brasa acesa quando disse que toda sua vida pública e privada pode ser examinada no momento em que se candidata a governador. Além de misturar o que é público e o que é privado, o empresário que mantém diversos e lucrativos negócios com o GDF, tem uma série de complicações com a Justiça que desautorizam uma devassa tão grande assim.

De vara em vara, a capivara

Está circulando pelas redes sociais uma relação de dezenas de processo e de diversas varas que trazem Paulo Octávio como réu. Mas um deles chama especialmente a atenção: para poder se candidatar a um cargo público o empresário fez um acordo na Justiça para evitar a suspensão dos direitos exclusivos por 10 anos, além de ficar proibido de fazer contratos com o poder público (União, estados e municípios). Condenado por improbidade administrativa, Paulo Octávio teve que abrir a carteira para construir uma creche e um espaço coberto para treinos físicos e lutas no 10° Batalhão da Polícia Militar.

Multas chegam a R$ 11,4 milhões

Tudo começou em 2011 quando a Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram a Operação Átrio, investigando servidores, empresários e ex-administradores regionais. Estavam todos envolvidos na liberação de alvarás de construção de imóveis que violavam as normas urbanísticas de diversas regiões. Paulo Octávio chegou a passar cinco dias na cadeia. Em janeiro deste ano – 11 anos depois – o empresário foi condenado e obrigado a pagar R$ 11,4 milhões em multas.

E ainda tem muito mais

Com o acordo para a construção da creche e do galpão, Paulo Octávio se livrou da punição que o tiraria da política por 10 anos. Mas este não é o único problema dele com a Justiça. Ele ainda responde pela Operação Maré Alta que apura o superfaturamento do aluguel de um prédio para o GDF, além de processos ainda do tempo em que era vice-governador de Arruda. É muita confusão para um único candidato ao GDF.

Companheiro enrolado

Mas Paulo Octávio não está sozinho. O seu companheiro de chapa, Luis Felipe Belmonte, também tem pendências com a Justiça: é réu num processo, acusado de subornar um juiz (corrupção ativa) e lavagem de dinheiro.

 

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