Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
MARCHAS DEMOCRÁTICAS Brasília recebe duas manifestações distintas: a Marcha das Margaridas e a Marcha dos Prefeitos. Elas têm em comum o fato de mostrar ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional a necessidade de excluir o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) do novo Marco Fiscal. Sem os recursos do Fundo, que bancam principalmente …
Brasília recebe duas manifestações distintas: a Marcha das Margaridas e a Marcha dos Prefeitos. Elas têm em comum o fato de mostrar ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional a necessidade de excluir o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) do novo Marco Fiscal. Sem os recursos do Fundo, que bancam principalmente os salários das forças de segurança do DF, manifestações pacíficas como essas tendem a descarrilhar para a anarquia por escassez de policiais. Brasília já viu esse filme. Receber manifestações é o preço que a cidade paga por ser a capital da democracia. Mas cabe ao Governo Federal e ao Congresso assegurar os recursos necessários para bancar essas democráticas manifestações.
As marchas avançam enquanto continuam paradas as definições sobre o futuro do Fundo Constitucional. Reuniões são marcadas, desmarcadas e remarcadas. O Governo Lula não oficializa se é contra ou a favor da retirada do FCDF da reforma fiscal. Sem indicação do rumo a seguir, líderes partidários batem cabeça. Até o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deveria ter cabeça fria nesses momentos, perde a cabeça ao ouvir desatinos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Enquanto isso, o deputado-relator Cláudio Cajado (PP-BA) segue em sua luta quixotesca para ferrar Brasília.
O tempo joga contra a política. O Governo Lula tem até o próximo dia 31 para enviar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO-2024) ao Congresso. E só vai enviá-lo após a aprovação do novo Marco Fiscal – com ou sem a inclusão do Fundo no limite de gastos da União. O tempo apertado contribui para o surgimento de soluções mágicas, que debelam focos de fogo, mas não conseguem apagar o incêndio. Fica a expectativa de que até quinta-feira a reforma fiscal seja, enfim, aprovada.
Está esgotando a paciência do Palácio do Buriti e do Ministério Público com duas empresas que prestam serviços a órgãos do GDF: a Sitran Eletrônica, contratada pelo Detran para pintar, manter e revitalizar as faixas de pedestres; e a Salutar Alimentação, que fornece refeições aos hospitais e UPAs administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges). As duas têm sido alvo de ataques da Câmara Legislativa, do Tribunal de Contas do DF e dos próprios órgãos que as contrataram. Ataques que desgastam a imagem do Governo Ibaneis.
Em 8 de agosto, Dia Mundial do Pedestre, a Sitran pintou uma justificativa pálida para explicar o desbotamento das faixas: não tem tinta. Hello!!! Como assim? O Detran faz contrato milionário com uma empresa especializada em serviços de sinalização de trânsito e essa mesma empresa alega não dispor de tinta para prestar os serviços para os quais foi contratada?! Pode isso, Arnaldo? Poder não pode, mas a Sitran está podendo. Continua mantendo o contrato com o Detran para não pintar as faixas que ela deveria manter bem visíveis. O novo diretor do Detran, Takane Kiyotsuka, vem sendo pressionado, mas ainda não conseguiu apagar a Sitran.
Já a Salutar tem sido o cabelo na sopa de todos os sete presidentes que passaram pelo Iges, inclusive do atual, Juracy Cavalcante. Entra presidente, sai presidente e a empresa continua alimentada pelo contrato firmado com o instituto há cinco anos. Pacientes e servidores já cansaram de reclamar da qualidade da comida servida pela Salutar. Cansa também a demora da reforma da cozinha do Hospital de Base, que se arrasta desde março. O Iges lançou edital para contrata novo fornecedor. A Salutar recorreu à Justiça. Ali, o prato esfriou. A Salutar permanece fornecendo as difamadas refeições e empurrando com a barriga a interminável reforma do Hospital de Base.
Armando Guerra
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