COLUNAS

AGORA-DF

3 de fevereiro, 2025

FIM DA LINHA Chegou ao fim ontem o prazo dado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) para que a São José apresente o cronograma de renovação da frota. O deputado distrital Max Maciel (PSol) já bateu à porta do Ministério Público exigindo a entrega do plano de compras antes mesmo do prazo terminar. Agora, …

FIM DA LINHA

Chegou ao fim ontem o prazo dado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) para que a São José apresente o cronograma de renovação da frota. O deputado distrital Max Maciel (PSol) já bateu à porta do Ministério Público exigindo a entrega do plano de compras antes mesmo do prazo terminar. Agora, com o prazo concluído, não admite nenhum segundo de atraso na entrega do cronograma. Todos, porém, sabem: a São José é boa de atraso. Que o diga os passageiros.

Prazo longo

Mas caso a São José faça o milagre de cumprir o prazo, a empresa inicia o processo de compra dos ônibus novos. Durante 160 dias, ou seja, até o início de fevereiro de 2024, a São José fica obrigada a apresentar documentos comprovando a aquisição dos novos veículos. Serão quase seis meses para renovar grande parte da frota.

Sucatas sobre rodas

Atualmente, a frota da São José é composta de 576 ônibus. Pelo menos 473 desses veículos são sucatas sobre rodas. Precisam ser trocados urgentemente. Esperar um semestre para trocá-los é atropelar a paciência dos passageiros.

PONTE JK PREOCUPA

Motoristas que todos os dias cruzam a Ponte JK estão cada vez mais preocupados com a situação do monumento. E com razão. É bastante preocupante o estado de conservação tanto das pistas quanto dos arcos. Ambos apresentam explícitos problemas de falta de manutenção. Situação que põe em risco a segurança dos motoristas e desgasta a imagem de um dos mais famosos cartões-postais de Brasília.

Buracos na pista

Os problemas estão no início, no meio e no fim da ponte, nos dois sentidos. Na cabeceira da via o problema se repete: buracos aparecerem, são tapados e teimosamente reaparecem, expondo a falta de pavimentação mais duradoura. Já no meio da ponte, “buracos” surgem entre as emendas da pista. Grelhas metálicas que deveriam estar protegendo essas emendas sumiram, os espaços vazios apareceram e o medo dos motoristas aumentou. É a insegurança trafegando pela JK.

Tribunal cobra solução

O Tribunal de Contas do DF vem cobrando soluções da Novacap. Na próxima quarta-feira (30) termina o prazo para que a empresa apresente as providenciais emergenciais que vem adotando para garantir a solidez e a segurança da Ponte JK. A Novacap não cruzou os braços. Desde 2021, vem tentando contratar empresas para executar três frentes de trabalho: a reforma da estrutura, a revitalização estética e a pavimentação da ponte.

A pedra no caminho

A pedra no caminho da reforma da JK está no próprio mercado de engenharia de grandes estruturas. A Novacap tem dificuldades para encontrar, no Brasil, empresa especializada que dê conta do recado. Tanto que uma licitação foi suspensa porque não apareceu empresa tecnicamente qualificada para a obra. Enquanto o problema não é resolvido, a ponte continua firme e forte rumo aos 21 anos em dezembro.

A SAÚDE DO TRIBUNAL

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) criou um plano de saúde para atender os seus servidores, inclusive os aposentados. O Pró-Saúde ia muito bem até começar a atrasar a cobrança das mensalidades na folha de pagamento dos velhinhos. O débito foi acumulando e agora a conta atrasada chegou. Os cabeças brancas foram à luta. Lideram no tribunal movimento contra o que consideram cobrança indevida.

Surdo-mudo

O caso foi parar na Justiça Federal. Ali, o entendimento é que o Pró-Saúde errou ao exigir que os aposentados paguem contas atrasadas, débitos que prescreveram porque deixaram de ser descontados na época certa. Mas a cobrança continua. Os aposentados não sabem a quem reclamar. Há cinco dias o serviço Fale Conosco do Pró-Saúde está mudo. Mudo e surdo.

 

Armando Guerra
[email protected]

Artigos Relacionados