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4 de fevereiro, 2025TERROR EM ZÓIN A primeira-dama do Estado de Goiás, Gracinha Caiado, adora Olhos D’Água, vilarejo de Alexânia a 135 Km de Goiânia e a 100 km de Brasília. Mas ela precisa urgentemente voltar à vila para apaziguar os ânimos entre os moradores e o padre Clayton Francisco Garcia. O homem está virado no capeta. Primeiro, …
TERROR EM ZÓIN
A primeira-dama do Estado de Goiás, Gracinha Caiado, adora Olhos D’Água, vilarejo de Alexânia a 135 Km de Goiânia e a 100 km de Brasília. Mas ela precisa urgentemente voltar à vila para apaziguar os ânimos entre os moradores e o padre Clayton Francisco Garcia. O homem está virado no capeta. Primeiro, derrubou o coreto da praça central, onde fica a Igreja de Santo Antônio. Depois, proibiu que a tradicional Feira do Troca, prevista para o próximo fim de semana, seja realizada na praça. E ontem, encapetou de vez: mandou derrubar as árvores da praça, inclusive um frondoso jatobá.
Todos de preto
A Feira do Troca de Zóin, carinhoso apelido do vilarejo, é uma tradição que se repete há 49 anos. Acontece duas vezes ao ano. É a oportunidade que moradores, artesãos e pequenos produtores rurais têm para ganhar uma graninha extra com as centenas de turistas que lotam o vilarejo, atraídos pela feira e pelas riquezas naturais de Olhos D’Água. O endiabrado padre está se lixando para a feira. Manda e desmanda na paróquia com a conivência da Câmara de Vereadores de Alexânia e do prefeito Allysson Silva Lima (PP). Em protesto, os moradores vão vestir roupas pretas durante a feira. Sinal de luto contra as travessuras do encapetado padre. Vade retro, satanás! Valei-me, Dona Gracinha!
ELEVADOR NAS 400
O arquiteto e urbanista Lúcio Costa não foi politicamente correto ao projetar as quadras 400 da Asas Sul e Norte. Até porque não havia a cobrança do politicamente correto quando Brasília foi construída. É que os prédios dessas quadras foram projetados sem elevadores. Os moradores têm que usar escadas para subir ou descer dos seus apartamentos.
Rotina de desafios
Rotina duramente enfrentada por moradores idosos e doentes. Missão quase impossível aos cadeirantes, obrigados a recorrer a familiares, amigos e vizinhos para vencer as escadas. Outro sacrifício: levar ou retirar sofá, geladeira ou fogão, artigos grandes e pesados. É preciso improvisar escadas pelo lado de fora e usar as janelas para suprir a ausência de elevador.
Adota-se um distrital
Cansados de tantos perrengues, os moradores agora querem adotar um deputado distrital que apresente projeto permitindo a implantação de elevadores nos prédios das 400. Falta combinar com os russos. No caso, os membros do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), que dificilmente aceitam mudanças no projeto original de Brasília.
W3 NORTE
Agora vai. A edição de hoje (28) do Diário Oficial do DF traz a decisão do Conplan, que aprovou no último dia 23 o projeto da primeira etapa da reforma da Avenida W3 Norte, que prevê a modernização das quadras 707/708, a ser replicado para outras áreas. O que vai ser feito: obras de acessibilidade, calçadas amplas, ciclovias, calçadões ligando as paradas de ônibus às quadras residenciais e a criação de 507 vagas para carros e 118 para motos. Agora, cabe à Secretaria de Obras elaborar os projetos executivos e tirar do papel a requalificação da W3 Norte.
CERCO AOS GAZETEIROS
A Secretaria de Educação decidiu apertar o cerco aos professores e servidores gazeteiros. Todos, concursados e terceirizados, terão que registrar presença diária nas unidades de ensino da rede pública. O registro será feito por meio de equipamentos eletrônicos informatizados instalados nas escolas. Cada servidor terá que registrar o horário de entrada e saída, inclusive nos intervalos para refeição. Estas e outras medidas para o controle eletrônico de frequência e a aferição do cumprimento da jornada de trabalho dos servidores estão na portaria assinada pela secretaria de Educação, Hélvia Paranaguá, publicada hoje no Diário Oficial do DF.
Armando Guerra
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