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Um reajuste para quem acreditou

O pagamento da terceira parcela de reajuste de salário para os servidores do Governo do Distrito Federal, anunciado ontem (14), foi o principal assunto político da semana. Nem mesmo os assessores e parlamentares mais próximos souberam da novidade até que o governador Ibaneis Rocha, pelo Twitter, e o secretário de Economia, André Clemente, em entrevista transmitida pela internet fizessem o anúncio. Mesmo depois da revelação muita gente parecia atônita, já que poucos acreditavam que o reajuste viria.

Dívida de governos passados

O reajuste foi concedido ainda no governo de Agnelo Queiróz (PT) e deveria ter sido pago em 2015. Mas o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que prometeu durante a campanha que pagaria a parcela faltante, não cumpriu o compromisso. A desculpa dos dois era a mesma: não há dinheiro. Quando o governador Ibaneis Rocha, ainda durante a campanha, prometeu aos sindicatos que iria honrar o pagamento, muita gente duvidou. Quando veio a pandemia, houve a certeza de que a terceira parcela ficaria para outra ocasião.

Impacto será bilionário

Contrariando a todo o ambiente de pessimismo, o GDF garante pagar a terceira parcela a partir de abril do ano que vem. E não vem antes porque será preciso observar uma série de empecilhos, inclusive a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O reajuste beneficia 150 mil servidores da ativa e os 50 mil aposentados e representa um impacto na folha de pagamentos de R$ 1 bilhão.

Elogios à Secretaria de Economia

“A medida só foi possível graças ao esforço do nosso governo, ao equilíbrio das contas e de muito trabalho”, disse o governador Ibaneis Rocha por meio do Twitter. “Em nossa gestão jamais se cogitou ou ouviu falar em atraso de salários. E isso eu credito ao ótimo trabalho da nossa Secretaria de Economia”, completou. Os elogios deixaram o secretário André Clemente mais inchado que um baiacu fora d’água.

Trabalho de construção econômica

Outra boa notícia dada pelo secretário Clemente é que o GDF está enviando à Câmara Legislativa um pedido de ajuste do Orçamento: de R$ 40 bilhões, passa para R$ 47 bilhões. Segundo ele, tudo é fruto da política fiscal do governo que pode reduzir impostos e aumentar a arrecadação sendo mais criativo e onerando menos a população e os empresários. “Desde o início do governo iniciamos um trabalho de construção econômica para fortalecer o ambiente fiscal, trazer investimentos, crescer a arrecadação, recompor a força de trabalho e expandir o gasto público. Isso é o que possibilita dar o reajuste prometido”, explicou.

Um pastel na inauguração

Na inauguração do reformado posto do Na Hora da Rodoviária do Plano Piloto, o governador Ibaneis Rocha preferiu dispensar o aparato oficial. Não fez discurso, não cortou fita. O máximo foi falar com os repórteres sobre a importância da nova fase do Na Hora, que agora conta com a participação do BrB na gestão, e que será ampliado para todas as regiões administrativas do Distrito Federal. Terminada a função, o governador foi direto para um balcão comer pastel com caldo de cana.

Agora, só boas notícias

A UPA do Paranoá será inaugurada na próxima segunda-feira e começa a funcionar no mesmo dia. É a segunda unidade inaugurada pelo governador Ibaneis Rocha, que ainda prevê a abertura de outras cinco UPAs ainda este ano e mais duas em 2022. O governador disse à coluna que a partir de agora, passada a fase mais grave da pandemia, o DF terá boas notícias na saúde pública.