
Inflação recua para 0,03% em outubro e acumula 4,49% em 12 meses
Índice costuma ser utilizado para calcular reajuste de salários

Equipe econômica também deve se reunir pela tarde para discutir saídas para momento de tensão entre governo e mercado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne na manhã desta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Alvorada.
Nesta terça, em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), Lula já havia anunciado que convocaria uma reunião para discutir a alta do dólar, que tem atingido os maiores valores em dois anos.
— Obviamente que me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação, é um jogo de interesses especulativo contra o real nesse país. E eu tenho conversado com as pessoas sobre o que a gente vai fazer. Estou voltando (para Brasília) e quarta-feira terei uma reunião, porque não é normal o que está acontecendo, não é normal — disse Lula.
Segundo interlocutores da equipe econômica, a política fiscal e corte de gastos do governo também serão abordados no encontro com o presidente nesta manhã. Além do ministro, também foram ao Alvorada nesta manhã o secretário-executivo de Haddad, Dario Durigan, e o secretário de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti.
Outra reunião deve acontecer nesta tarde com a equipe econômica completa: os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação), além de Haddad.
Como mostrou o Globo, nos bastidores a cúpula da equipe econômica avalia que, para conter a escalada do dólar, Lula precisará recuar em sua cruzada contra o Banco Central e o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. No entanto, ninguém arrisca cravar que o presidente será convencido disso.
Nesta terça, em entrevista coletiva na Fazenda, Haddad já sinalizou que o governo deve “acertar a comunicação” em relação às críticas ao BC.
— O melhor a fazer é acertar a comunicação — disse o ministro a jornalistas no Ministério da Fazenda. — Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas.
Em evento em Portugal também nesta terça, Campos Neto afirmou que a interrupção do ciclo de quedas nos juros, decidido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), teve como uma das motivações “ruídos” em relação a expectativas sobre a trajetória fiscal e política monetária do país¨.

Índice costuma ser utilizado para calcular reajuste de salários

Apostas podem ser feitas até as 20h30, horário de Brasília

Aposentados podem pedir até fevereiro devolução de descontos indevidos

Novas regras ampliam responsabilidade das bandeiras e transparência
