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Região foi a primeira a receber ações do programa, no qual aprendizes participam de curso na área de construção civil e aplicam conhecimentos na manutenção desses espaços
Quem anda pelas ruas de Ceilândia certamente já se deparou com grupos de pessoas usando camisetas azuis e trabalhando na manutenção ou no reparo de calçadas, quadras esportivas, parques infantis, pontos de encontros comunitários… São os alunos do RenovaDF, e a facilidade de encontrá-los tem uma razão: o programa superou a marca de mil equipamentos públicos reformados na região administrativa.
“É uma satisfação muito grande, para a gente que concebeu esse projeto, dizer que Ceilândia atingiu mil equipamentos. É a nossa maior cidade, onde os equipamentos públicos estavam deteriorados. E a gente entrou lá e, agora, alcançamos essa marca”, celebrou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Ivan Alves.
Ceilândia, aliás, foi a primeira cidade a receber a ação do Renova, ainda em 2021, quando o projeto era somente um piloto. De lá para cá, o programa já passou por 31 das 35 regiões do Distrito Federal, com mais de 2,7 mil equipamentos públicos reformados.
Mas o restauro desses equipamentos é só uma das faces do RenovaDF. A outra – e talvez mais importante – é dar uma nova perspectiva a quem mais precisa. “Eu estava desempregado, em uma posição muito ruim, dentro de casa. E a oportunidade foi grande. Além de aprender, ainda ganho uma bolsa. Então, isso para mim é gratificante demais. Abriu minha visão, e ter o diploma em mãos alavanca nossas oportunidades”, avaliou o aluno Fábio Moreira, 37 anos.
E o programa é só a porta de entrada para outras iniciativas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) que visam facilitar o acesso ao mercado de trabalho. É o que projeta Lucas Souza, 25, que conheceu o Renova por meio das redes sociais da pasta: “Com certeza vai abrir portas para eu estudar, fazer um MEI [Microempreendedor Individual] e entrar no mercado de trabalho com mais experiência, porque essa aqui é uma experiência na prática, não é só sala de aula”.
O projeto também é um instrumento para quebrar o preconceito. Voltado à construção civil, o Renova tem, hoje, as mulheres como 68% dos inscritos. Débora Ramos, 28, é uma delas. “Até então, o povo me amedrontava, falava que era um serviço para homens… Mas o programa me trouxe várias oportunidades. Uma mulher é julgada de várias formas, mas eu sei que nós somos capazes de tudo. E, por meio do Renova, eu consegui fazer solda, mexer com pintura, mexer com alambrado, mexer com coisas que, para o homem, a mulher é incapaz [de fazer]”, apontou ela, que tem usado esse exemplo como referência para as filhas, de 2 e de 4 anos: “Estou mostrando para elas que o governo abriu essa oportunidade para eu aprender mais”.
No RenovaDF, os selecionados participam de um curso, com direito a certificado, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) na área de construção civil. As aulas duram três meses. Nesse período, os alunos recebem uma bolsa de um salário mínimo, uniforme e lanche.
Os 30% com melhor aproveitamento no curso são convidados a fazer um estágio remunerado em empresas do setor. O programa também conta com uma reserva de vagas para pessoas em situação de rua. Todos os participantes, após a conclusão, têm ajuda da Sedet-DF para serem encaminhados a vagas de emprego ou a outros cursos de qualificação.
Atualmente, estão sendo concluídas as aulas do segundo ciclo de 2025, para o qual foram abertas 2,5 mil vagas. O terceiro ciclo encerrou as inscrições em julho e já teve os selecionados divulgados. Há previsão de abertura de mais um ciclo ainda neste ano.
“O Renova e todos os programas que a gente tem de qualificação profissional têm propiciado que a gente bata recorde em cima de recorde no número de carteiras de trabalho assinadas. Nós comemoramos recentemente mais de um milhão de carteiras assinadas no DF, e isso é uma grata satisfação pelo trabalho que a gente vem fazendo”, destacou Ivan Alves.
“A política pública visa a atender o maior número de pessoas possíveis. Então, nós estamos abrindo vagas. [O Renova] virou uma política pública que a gente acredita que vai ser perene, porque tem muita gente para ser atendida. Muita gente olha o equipamento público recuperado, mas a intenção principal não é essa. É dar qualificação profissional e dar resgate de dignidade para essas pessoas em situação de vulnerabilidade”, arrematou o secretário adjunto.
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