VARIEDADES
Análise: Socialismo, a escravidão estatal
13 de julho, 2021Enquanto os cubanos promovem manifestação inédita por liberdade, governo de Cuba culpa os EUA e socialistas de iPhone apoiam Convencidos por líderes de esquerda que […]
Enquanto os cubanos promovem manifestação inédita por liberdade, governo de Cuba culpa os EUA e socialistas de iPhone apoiam
Convencidos por líderes de esquerda que querem implantar no Brasil a escravidão estatal que o socialismo impõe, os tão previsíveis socialistas de iPhone foram para a internet – aquele sistema de comunicação que o governo cubano controla e suspende sempre que quer castigar sua própria população – para reclamar que a culpa dos protestos é dos Estados Unidos.
O que eles não percebem – além de muitas outras coisas – é que uma afirmação dessas soa como uma espécie de elogio à América, afinal de contas, seria ela a abrir os olhos dos cubanos para enxergarem que não dá mais para ficarem calados diante da pobreza e do descaso em que vivem. Mas há que se reconhecer que os comunistas que correram para a internet – aqueles que pedem comida pelo iFood, andam de Uber para baixo e para cima e não abrem mão dos benefícios do capitalismo – não tiveram tempo para pensar, apenas repetiram o que o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel disse.
Aliás, outra coisa que temos de reconhecer é o senso de humor do presidente de Cuba. Depois de um protesto inédito como o deste domingo, o fato de Diaz-Canel ter feito um pronunciamento pela TV dizendo que o povo tem direito a “defender o sistema cubano” chega a ser hilário. É como se dissesse: “Companheiros, já que querem ir às ruas reivindicar seus direitos, eis aqui o único direito que damos a vocês: defendam o que os oprime!”
E, como de costume, para vender ao mundo a imagem de um país de fantasias que só existe na cabeça de quem está no poder, o governo corta a internet para que os protestos não sejam vistos mundo afora. Os poderosos devem estar correndo atrás de uma justificativa um pouco melhor do que essa. Primeiro, porque há décadas que os Estados Unidos impõem sanções econômicas e, segundo, se todo o problema de Cuba, antes de Fidel Castro, era a liberdade econômica, estão reclamando do que agora? Da falta de liberdade econômica? É preciso melhorar a narrativa porque essa não vai colar nem nos artistas da esquerda Chanel…
E falando em esquerda, o que será que dirão sobre o pronunciamento de Joe Biden? O presidente americano parabenizou a coragem dos cubanos em defender seus “direitos fundamentais e universais” e pediu que “o regime cubano ouça seu povo e atenda sua necessidade nesse momento vital, ao invés de se enriquecer.”
Que sigam o conselho do democrata e não o exemplo de Fidel Castro, que figurou na lista da Forbes (2006) como o sétimo governante mais rico do mundo e foi dono de uma fortuna estimada em 900 milhões de dólares (mais de R$ 4,6 bilhões). É o de sempre: socialismo, controle e pobreza para o povo; capitalismo, liberdade e riqueza para eles.