Rosto da grife Dolce & Gabbana há anos, e uma das modelos no seleto grupo das mais bem pagas do mundo, Bianca Balti não tem tido o mesmo faturamento que nos anos anteriores. A situação mudou desde que a italiana, aos 40 anos, revelou que está com câncer no ovário. A preocupação de contratantes sobre o estado de saúde dela é válido, ela diz. Mas ela também nota que há um preconceito sobre o que o novo visual dela, agora com os cabelos raspados, pode representar para as marcas.

Pensando nisso, a top decidiu produzir o próprio ensaio fotográfico, digno de publicação em qualquer grande revista ou campanha. Para provar para ela mesma, e para os outros, que o novo visual é tão impactante quanto o que a consagrou.

“Quando eu tive câncer, todo mundo ficou compreensivelmente receoso de me procurar para trabalho. Além de me enviarem flores e cartões comoventes, as marcas deixaram de me considerar como alguém que poderia representar as campanhas deles. Eu queria mostrar a eles e ao mundo todo o poder que o meu novo visual tem. Eu desbloqueei o potencial da nova versão de mim mesma para poder sentir meu valor novamente”, disse Bianca no Instagram.

O anúncio do câncer

Bianca Balti passou por uma mastectomia preventiva em dezembro de 2022, após um diagnóstico de que tinha um gene que aumentava as possibilidades dela ter câncer de mama. Dois anos depois, em setembro de 2024, veio o resultado médico que a modelo não queria: ela estava com câncer no ovário. Na época, a italna lamentou e disse que recebeu a notícia como uma “sentença de morte”. Agora, ela tem se sentindo melhor do que nunca.

“No dia 14 de outubro, comecei minha jornada de quimioterapia, que terminou no dia 27 de janeiro. Para minha grande surpresa, nesses últimos meses, me senti mais viva do que nunca. Minha gratidão atingiu um pico jamais visto. Tudo passou a ter o sabor de uma verdadeira bênção”, escreveu Bianca no Instagram.

Embora esteja satisfeita com a mudança do próprio pensamento, a modelo também reconhece que ainda há uma longa estrada para percorrer no tratamento. “Tem sido difícil, e ainda não acabou, mas eu não teria de outra maneira. Dizem que ‘o que não te mata te torna mais forte’, mas minha experiência é que o que não me matou me fez amar a vida muito mais.”

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