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Aumenta número de municípios goianos aptos a exportar melancia e abóbora
26 de outubro, 2020Em todo o Estado, já são 13 municípios liberados para comercialização no mercado externo. Isso demonstra a capacidade dos produtores em diversificar a produção e […]
Em todo o Estado, já são 13 municípios liberados para comercialização no mercado externo. Isso demonstra a capacidade dos produtores em diversificar a produção e ampliar a gama de produtos exportados
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou propriedade rural do município de Luziânia para exportação de melancia, abóbora, melão e pepino. A medida foi adotada após reconhecimento do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) da praga Anastrepha grandis em cultivos de cucurbitáceas, o que viabiliza a exportação de frutos frescos para países que têm restrições quarentenárias com relação à referida praga.
Outros 12 municípios do Estado já são detentores do mesmo status para exportação. São eles Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Rio Verde, Santa Helena, Maurilândia, Cristalina, Ipameri, Goianésia, São Miguel do Araguaia e Edealina.
O presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Essado, destaca o esforço do Governo do Estado em apoiar os segmentos produtivos e diversificar a gama de produtos exportados. Ele
também enaltece o trabalho fundamental dos profissionais engenheiros agrônomos da Gerência de Sanidade Vegetal, que são responsáveis pela implementação e acompanhamento de todas as etapas do Sistema de Mitigação de Risco nas propriedades.
Em 2020, houve significativo crescimento da área inscrita no SMR. Em relação à melancia, em 2019 eram seis propriedades com cultivo de 216,36 hectares. Em 2020, o número saltou para 24 propriedades com área total de 496,82 hectares. Quanto à abóbora, eram apenas duas propriedades em 2019, com 13,1 hectares. Em 2020, foram cinco propriedades, com área cultivada de 60 hectares.
Procedimentos
Para o reconhecimento de novos municípios, a Agência elabora um projeto contendo informações sobre a área proposta, situação do cultivo, dados climáticos e os resultados do monitoramento da praga. Em seguida encaminha à Superintendência Federal da Agricultura em Goiás (SFA/GO), solicitando reconhecimento do SMR. Após análise e parecer, o processo é enviado ao Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa para análise e reconhecimento. O passo seguinte é a publicação da Instrução Normativa validando o SMR no município.
Os produtores rurais interessados em ter áreas aprovadas para exportação devem manifestar interesse à Agrodefesa, que se encarregará de toda a articulação, mobilização e organização. Eles também precisam realizar levantamentos de detecção/delimitação em cultivos de cucurbitáceas (melancia, melão, abóbora) por período mínimo e ininterrupto de seis meses, com contratação de Responsável Técnico (RT) habitado, além de custear o monitoramento para Anastrepha grandis.
Novos produtores que desejam participar do SMR, mesmo que suas propriedades estejam localizadas em municípios já reconhecidos, deverão fazer os levantamentos fitossanitários por seis meses ininterruptos. Após essa providência, a SFA/GO encaminhará as informações ao Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa solicitando a inclusão do produtor no SMR reconhecido para o município.
A Agrodefesa também realiza cursos com o objetivo de capacitar engenheiros agrônomos visando a habilitação para a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) e Certificação Fitossanitária de Origem
Consolidada (CFOC) para a praga Anastrepha grandis em cucurbitáceas. No último treinamento foram habilitados 14 profissionais da engenharia agronômica.