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Bebê recebe marca-passo na primeira hora após o nascimento

17 de agosto, 2023

Heloísa passou pelo procedimento assim que nasceu na instituição contratada pela Secretaria de Saúde para procedimentos de alta complexidade Heloísa Santos chegou ao mundo por meio de uma cesárea e já foi levada às pressas para corrigir o ritmo das batidas do seu coração. Diagnosticada com uma enfermidade conhecida como bloqueio cardíaco congênito – doença …

Heloísa passou pelo procedimento assim que nasceu na instituição contratada pela Secretaria de Saúde para procedimentos de alta complexidade

Heloísa Santos chegou ao mundo por meio de uma cesárea e já foi levada às pressas para corrigir o ritmo das batidas do seu coração. Diagnosticada com uma enfermidade conhecida como bloqueio cardíaco congênito – doença do nó sinoatrial adquirido –, a criança foi atendida com menos de uma hora de vida.

Diagnosticada com uma enfermidade conhecida como bloqueio cardíaco congênito, Heloísa Santos recebeu um marca-passo com menos de uma hora de vida | Foto: Arquivo pessoal

A cirurgiã cardiovascular pediátrica Ana Thalita de Oliveira Miranda, do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), explica que foi uma corrida contra o tempo. “Se ela não recebesse rápido um marca-passo, na primeira hora de vida, não conseguiria sobreviver”, afirma.

De acordo com a especialista, em sua experiência de oito anos em cirurgias pediátricas, são poucos os casos como o de Heloísa, por se tratar de uma doença rara. “Não é um caso frequente”, pontua.  Cerca de 20 profissionais participaram do procedimento.

A cirurgiã cardiovascular pediátrica Ana Thalita de Oliveira Miranda afirma que a inserção do marca-passo logo após o nascimento de Heloísa era fundamental para a sobrevivência da recém-nascida | Foto: Arquivo pessoal

A mãe da recém-nascida, Maria Gabriela Santos, 27 anos, recebeu o diagnóstico da filha com cinco meses de gestação. O obstetra Marcelo Filippo, especialista em medicina fetal do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), fez o parto e destacou que houve um planejamento minucioso das equipes de cardiologia pediátrica do ICTDF e de medicina fetal do Hmib. “Tudo foi coordenado para que o bebê fosse atendido logo após o nascimento. A sala de cirurgia estava disponível ao lado da sala de parto”, conta.

“Isso é fundamental para oferecermos o melhor tratamento possível à população. Por isso, é uma prioridade desde o início da nossa gestão”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde, sobre a contratação de hospitais da rede complementar

O pai, Raniere Moreira Freitas, 29 anos, está ansioso para pegar a filha no colo. “Esse primeiro contato faz toda a diferença. Estou muito mais aliviado, passamos maus bocados nesses três últimos meses. As equipes do Hmib e do ICTDF foram incríveis. Gratidão aos médicos e a todos os profissionais envolvidos”, ressalta.

Heloísa tem mais uma cirurgia marcada na próxima semana, mas os pais sentem que o pior já passou. “Palavras não expressam nossa gratidão pela equipe médica”, completa Raniere.

Rede complementar

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) contrata hospitais da rede complementar para diminuir a demanda reprimida de cirurgias do Distrito Federal. “Isso é fundamental para oferecermos o melhor tratamento possível à população. Por isso, é uma prioridade desde o início da nossa gestão”, destaca a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

O ICTDF é uma das organizações sem fins lucrativos que atende os pacientes da rede, sendo especializado em cirurgias pediátricas. Somente em 2023, a equipe médica já superou a marca de cem procedimentos.

A instituição tem um contrato de R$ 186 milhões com a SES para realizar atendimentos cardiológicos. Até 21 de julho, já foram realizadas 691 cirurgias entre adultos e crianças, 2.096 procedimentos de cateterismo e 585 angioplastias, entre outros, somando 3.637 atendimentos, 2.270 só neste ano.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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