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Presidente do BC diz que tarifas de Trump tendem a afetar mais o México, mas ressalta que conflito comercial gera incerteza para todos
Para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump podem ter um efeito comparativo menor no Brasil do que em outras economias mais próximas comercialmente dos EUA, como a do México. Mesmo assim, o risco de uma ‘guerra comercial’ gera incerteza que tende a ser negativa para todos, afirmou.
— Qualquer condição do comércio global, é melhor sem a gente ter uma guerra tarifária — afirmou o presidente da autoridade monetária em encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta sexa-feira — O que eu estou colocando é que relativamente, talvez seja menos prejudicial para o Brasil do que para o México.
Galípolo explicou que, nos últimos anos, o México se beneficiou de uma aproximação comercial maior com os Estados Unidos em razão de um processo de nearshoring das cadeias globais, em que empresas e países realocam sua logística para economias mais próximas. Agora, com as tarifas imposta Trump, o mercado começou a reavaliar suas posições nesses países, avaliou o presidente do BC.
—Há uma inversão, ou seja, essa menor relação comercial do Brasil com os EUA comparativamente ao México induziu agora uma sensação por parte dos agentes do mercado de que eventualmente uma política de tarifa mais pesada possa prejudicar mais o México do que o Brasil.
Ainda assim, o presidente do BC reforçou que o Brasil não está imune a impactos negativos e que as tarifas podem desorganizar fluxos comerciais globais, pressionando preços e dificultando previsibilidade econômica.
— Existe um prêmio considerável de incerteza relacionado a como vai ser a política e quais vão ser os impactos — afirmou, acrescentando que a expectativa anterior era de que a imposição imediata de tarifas poderia alimentar um ciclo inflacionário, forçando o Federal Reserve a elevar juros, o que não aconteceu imediatamente após a posse de Trump.
— O fato de não terem sido colcadas as tarifas imediatamente foi recebido como alívio por boa parte do mercado e melhorou o preço dos ativos. Não se trata de dizer que é melhor com tarifa. É o contrário: existe um prêmio considerável de incerteza relacionado a como vai ser a política e quais vão ser os impactos. Essa incerteza tem influenciado a dinamica dos preços — acrescentou o presidente do BC.
Ao tratar do cenário local, Galípolo voltou a defender que o Banco Central deve agir com base em tendências que se provem corretas e que a autoridade monetária deve ter cautela ao interpretar dados de curto prazo.
— Uma coisa é você ser preventivo quando tem uma atividade que vem desacelerando ou acelerando […], outra coisa é reagir a algo que é visto ou percebido pelo mercado como uma possibilidade, mas que não está aí — afirmou o presidente do BC, ao se questionado sobre risco de dominância fiscal no Brasil. — Seria um equívoco do ponto de vista de política monetária ser preventivo a fantasmas, a algo que não está colocado.
Galípolo explicou que, no atual momento, a economia brasileira tem mostrado resiliência e que a política monetária deve considerar a evolução real dos indicadores antes de antecipar movimentos. Segundo ele, os dados precisam demonstrar uma trajetória consistente para que o Banco Central possa tomar decisões .
— O BC quer ter certeza e tomar tempo para que os dados de alta frequência não estejam produzindo apenas uma volatilidade, mas revelem uma tendência — disse, acrescentnado que, ao longo dos últimos anos, previsões do mercado, governo e BC acabaram não se concretizando.
Galípolo reconheceu que há preocupações com o nível de gastos públicos, mas ponderou que a relação dívida e PIB não se deteriorou tanto quanto o previsto. Ele destacou que os números finais “foram melhores do que se imaginava originalmente”, e ponderou que o BC precisa evitar amplificar volatilidades desnecessárias:
— É muito importante que a autoridade monetária não reproduza essa volatilidade, não reflita essa volatilidade para não amplificá-la.
Galípolo também voltou a reforçar o que tem dito há semanas: de que o Banco Central segue comprometido em manter a política monetária em um nível restritivo o suficiente para garantir o controle da inflação:
— O BC vai seguir fazendo o necessário para que a inflação possa convergir para a meta.
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