Brasília Agora


BRASÍLIA

Corpo de Bombeiros solta um alerta para contribuir com a prevenção contra afogamentos

27 de julho, 2021

Segundo dados da corporação, foram sete mortes em 25 afogamentos até julho deste ano no Distrito Federal O Corpo de Bombeiros, a Sociedade Brasileira de […]

Corpo de Bombeiros solta um alerta para contribuir com a prevenção contra afogamentos

Segundo dados da corporação, foram sete mortes em 25 afogamentos até julho deste ano no Distrito Federal

O Corpo de Bombeiros, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA) e o Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), divulgaram nesta segunda-feira, dados sobre afogamentos no Distrito Federal também no Brasil. De acordo com o levantamento, no DF, foram registrados 25 afogamentos, com sete mortes, entre janeiro e julho deste ano.
Segundo o levantamento, as ocorrências registradas no DF tiveram os homens como a maioria entre as vítimas, que tinham mais de 18 anos. E essas ocorrências foram registradas geralmente aos sábados e domingos, entre as 11h e 19h.

Em 2020 o número de atendimentos aumentou e foi a cinquenta e quatro, mas felizmente o número de mortes, catorze, diminuiu. Em 2021, até o mês de julho, foram vinte e cinco afogamentos, que resultaram em sete mortes.

As ocorrências apresentaram os seguintes parâmetros: os homens foram maioria entre as vítimas, que tinham acima de 18 anos, geralmente aos sábados e domingos, entre as 11h e 19h. De acordo com o Corpo de Bombeiros, todas as unidades da corporação têm capacidade de dar a primeira resposta a casos de afogamento. Além disso, os bombeiros mantêm o Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), o Grupamento de Aviação Operacional (GAVOP) e o posto delta 1 em condição de se deslocar a qualquer ponto do DF e entorno, a qualquer hora, levando equipe médica, mergulhadores e guarda-vidas para o atendimento.

A corporação explicou ainda que, aos sábados, domingos e feriados são mantidos cinco postos extras de guarda-vidas no Lago Paranoá (Ermida Dom Bosco, Ponte JK, Ponte do Bragueto, Ponte Costa e Siva e Piscinão do Paranoá).

NO BRASIL

No levantamento divulgado pelos bombeiros, apenas os dados do DF trazem informações sobre 2021, os demais números nacionais são referentes ao ano de 2019. De acordo com o documento, naquele ano, foi registrada a morte de 15 pessoas por dia no Brasil, o que representa uma vítima a cada noventa minutos. Os casos foram maiores entre pessoas do sexo masculino, em média 6,8 vezes mais.

O maior risco foi entre adolescentes e quase a metade, ou 43% dos óbitos, tinha até os 29 anos. Já as ocorrências com morte entre crianças de 1 a 9 anos de idade, 59% das mortes ocorreram em piscinas e residências. O afogamento foi a 2ª causa/óbito de 1 a 4 anos, 3ª causa de 5 a 14 anos e 4ª causa de 15 a 24 anos. Outro dado informado pelos bombeiros é que um turista morreu afogado a cada dois dias no Brasil.

De acordo com os bombeiros, o Brasil apresentou uma média 2,7 mortos por 100.000 habitantes. O DF teve a menor média nacional (1,39/100.000). Considerando o período entre 1998 e 2019, a redução nos óbitos a nível nacional foi de 28,4% e no DF foi de 57,6%.

No entanto, os militares fizeram um alerta, mais de 90% das mortes ocorrem por: ignorar os riscos; não respeitar os limites pessoais e desconhecer como agir. Os principais fatores de risco são: idade menor de 14 anos; uso de álcool; baixa renda; baixa educação; origem rural; comportamento de risco; falta de supervisão; epilépticos tem 15 a 19 vezes mais risco.

PREVENÇÃO EM PISCINAS

– Desligue a bomba ao usar a piscina;
– monitore constantemente as crianças;
– controle o acesso a piscina (grades, redes, lonas);
– não deixe brinquedos dentro ou próximo à piscina;
– não se distraia com conversas, telefone ou outras tarefas de casa; – ensine sua criança a nadar;
– evite o uso de bebidas alcoólicas;
– evite o exibicionismo e brincadeiras perigosas; – evite competições de apnéia (prender o fôlego embaixo d’água);
– não treine apnéia sem supervisão adequada;
– contrate guarda-vidas habilitados (piscinas coletivas);
– tenha equipamentos salva-vidas disponíveis;
– aprenda primeiros socorros;

PREVENÇÃO EM CACHOEIRAS

– sempre analise a previsão do tempo
– quanto mais isolada e de difícil acesso for a cachoeira, maiores deverão ser os cuidados;
– evite exibicionismos (saltos, escaladas, etc);
– não se arrisque por uma selfie. Avalie o risco do local antes da fotografia;
– estabeleça uma rota de fuga prévia;
– mantenha seus pertences organizados e próximos a rota de fuga, de modo a permitir uma rápida saída;
– monitore a incidência de chuva na cabeceira do rio;
– estabeleça pontos de referência para avaliar o nível da água;
– observe a mudança na cor da água ou a chegada de detritos;
– tenha um apito e combine com os demais o padrão de alarme;
– nunca dê um falso alarme;
– sempre deixe alguém ciente do seu passeio, localização e hora de retorno;