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10 de setembro, 2021

Uma triste lembrança O brasiliense, desde a noite de quarta-feira, está convivendo com uma cena que lhe remete a um triste passado recente. A volta […]

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Uma triste lembrança

O brasiliense, desde a noite de quarta-feira, está convivendo com uma cena que lhe remete a um triste passado recente. A volta das filas quilométricas em vários postos de combustível devido, por enquanto, apenas ao medo de desabastecimento diante das paralisações promovidas por grupos de caminhoneiros. Embora, segundo o próprio sindicato dos postos, a situação ainda seja tranquila, muitas pessoas preferem não pagar para ver, ou melhor pagar para ter.

Uma triste lembrança II

Mais do que medo da falta de combustível, o que está empurrando muita gente para as filas é o temor de aumentos substanciais no preço da gasolina com a ameaça de desabastecimento. As pessoas lembram que as primeiras altas nos preços do combustível para acima dos cinco reais ocorrem exatamente quando houve o movimento dos caminhoneiros. Analistas avaliam que se chegar essa situação, não seria difícil imaginar combustível sendo vendido até a R$ 10.

Uma triste lembrança III

Mesmo sem chegar ao mesmo tamanho das paralisações que ocorreram na gestão Temer, diversos setores e suas entidades representativas, já manifestam suas preocupações com a falta de determinados produtos. A Eletros, dos fabricantes de eletrônicos e eletrodomésticos; a Abit, da têxtil; e a Abiplast, de plásticos, afirmam que existem casos de falta de insumos para a cadeia de produção com as paralisações que estão ocorrendo.

Poço sem fim

O mês de agosto foi pior dos últimos 18 anos para a indústria automobilística brasileira. E não foi por falta de consumidor, mas sim de produtos. Com a crise de semicondutores, entre outras peças, as fabricas de veículos nacionais estimam que deixaram de produzir algo entre 240 mil a 280 mil veículos este ano. Em agosto, foram fabricadas 119 mil unidades, quase 20% a menos que no ano passado.

Agosto, mês do desgosto

Por falar em agosto, a inflação do mês medida pelo IPCA, foi de 0,87%, a maior variação para um mês de agosto desde 2000 (1,31%). Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em agosto. A maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 p.p.) vieram dos Transportes. A segunda maior contribuição (0,29 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,39%).

Brasília em um triste topo

O maior índice do IPCA entre as regiões metropolitanas foi registrado em Brasília (1,40%), influenciado pelas altas nos preços da gasolina (7,76%) e da energia elétrica (3,67%). Já o menor resultado ocorreu na região metropolitana de Belo Horizonte (0,43%), por conta da queda nos preços das passagens aéreas (-20,05%) e da taxa de água e esgoto (-13,73%).

Industria em queda (Imagem de parque industrial

Com a queda de 1,3% da indústria nacional de junho para julho de 2021, na série com ajuste sazonal, sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas negativas, com destaque para o Amazonas (-14,4%). São Paulo (-2,9%), Minas Gerais (-2,6%), Pará (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,7%), Santa Catarina (-1,5%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês.

Obras em discussão

Deve acontecer ainda este mês uma nova rodada de negociações envolvendo Sinduscon, Ademi e Asbraco e representantes da Secretaria de Obras do GDF. Na pauta a renegociação de contratos de obras no DF que sofreram impactos com a falta de insumos. A ordem no GDF é não parar nenhuma obra, mesmo levando em consideração o aumento dos custos dos produtos.

 

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