
Pesquisa estima que ao menos 11,4 milhões de brasileiros já usaram cocaína ou crack
Pesquisa foi divulgada hoje pela Universidade Federal de São Paulo
País fica em topo do ranking em uso de smartphones, mas patina em investimento para tecnologia, fomento à ciência e agilidade das empresas
Apesar de avanços em alguns indicadores, o Brasil fez poucos progressos no último ano para se posicionar como uma economia digital mais competitiva. O desempenho manteve o país perto dos dez últimos em um ranking que avalia a preparação tecnológica das principais economias globais.
Entre os 67 avaliados, o país ficou pelo segundo ano consecutivo na posição 57º da pesquisa comparativa produzida há oito anos pelo Institute for Management Development (IMD), com sede na Suíça.Parceira do IMD, a Fundação Dom Cabral (FDC) é responsável pela coleta e análise dos dados nacionais.
Com o resultado, o Brasil fica atrás de outras economias emergentes como Índia (51º), África do Sul (54º) e Turquia (55º). Nos últimos lugares do estudo, aparecem Venezuela (67º), Nigéria (66º) e Gana (65º).
O topo da lista segue dominado por países asiáticos e europeus, especialmente os escandinavos. Os Estados Unidos, que ocupava a primeira posição no ano anterior, caiu para o quarto lugar e perdeu o posto para o Singapura (1º) nesta edição. Na sequência, aparecem Suíça (2º) e Dinamarca (3º).
Estratégias de longo prazo voltadas para a formação de mão de obra especializada, desenvolvimento de infraestrutura digital e fomento à pesquisa científica são pilares que mantém as nações que lideram o ranking com bom desempenho. O retorno aparece em ganhos de produtividade, de crescimento econômico e de competitividade, indicam os pesquisadores.
O estudo avalia 59 indicadores divididos em três áreas: “conhecimento” (que abrange educação, qualificação da mão de obra e pesquisa científica, entre outros); “tecnologia” (que analisa aspectos como infraestrutura digital, regulação e investimento em pesquisa) e “prontidão para o futuro” (que considera elementos como capacidade de adaptação a novas tecnologias e à inovação).
Os fatores em que o Brasil ficou pior posicionado incluem o capital para tecnologia e as políticas de apoio à ciência. O país fica entre as últimas posições em áreas como financiamento para desenvolvimento tecnológico (64°); capital de risco (64°); incentivos à aplicação tecnológica (63º); e legislação para pesquisa científica (63º).
Hugo Tadeu, professor e diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC, e líder da pesquisa no Brasil, ressalta que os juros altos têm minado a capacidade de investimento em tecnologia e que faltam ao país políticas de longo prazo para a inovação:
— O custo de capital continua sendo um problema e que piorou no último ano. Parte do que não nos fez melhorar é esse custo, o que é muito complicado para realizar de investimentos em tecnologia — afirma o pesquisador. — Seguimos na mesma posição porque temos problemas estruturantes nas nossas empresas e no nosso país que nos fazem comprar mais tecnologia do que produzir.
Em relação ao setor privado, a pesquisa dimensiona, por exemplo, a agilidade empresarial, ou seja, a capacidade das empresas de se adaptarem rapidamente a mudanças no mercado, inovar e responder de forma eficaz a novas oportunidades e desafios. Nesse aspecto, o Brasil aparece na posição 63º.
— Estamos falando muito de inteligência artificial, enquanto as empresas brasileiras têm problemas dos mais básicos […], como ter uma estratégia e uma coerência para tomada de decisão. Não vai ser a IA que vai resolver isso — avalia Tadeu.
O pesquisador diz que o país se mantém como um comprador de tecnologia, mas não um produtor. O Brasil fica, por exemplo, em 14º lugar entre os países que mais usam smartphone. Por outro lado, está nas posições mais baixas em uso de big data e analytics (60°), segurança digital (59°) e tecnologia de comunicações (60°), por exemplo.
Entre os destaques positivos, gastos públicos em educação (7º) voltam a aparecer como um dos melhores desempenhos do Brasil. Uma novidade nesta edição da pesquisa é a avaliação sobre políticas para Inteligência Artificial, em que o Brasil aparece na nona posição, em razão do plano brasileiro para IA e o avanço na regulação.
Pesquisa foi divulgada hoje pela Universidade Federal de São Paulo
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