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Especialista do IgesDF fala da importância dessa suplementação para o desenvolvimento do bebê
A gestação é um período de transformações fisiológicas intensas no corpo da mulher, que precisa não apenas sustentar o crescimento do bebê, mas também se preparar para o trabalho de parto. Nesse processo, a demanda por micronutrientes como ácido fólico, vitamina B12 e, especialmente, ferro, se torna crucial. Manter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é essencial para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mãe.
Alguns estudos apontam a deficiência de ferro como um problema que afeta até 52% das gestantes. O mineral é muito demandado pelo corpo durante a gestação, pois atua no desenvolvimento do cérebro da criança, na prevenção do parto prematuro e da mortalidade perinatal.
Ginecologista e obstetra no ambulatório de gestação de alto risco do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Ana Carolina Ramiro destaca a importância do ferro como transporte de oxigênio para mãe e bebê.
“Este é um cuidado invisível, o ferro e as vitaminas sustentam duas vidas. Há uma alquimia silenciosa acontecendo no corpo de uma mulher grávida. Algo que a ciência mede em miligramas, mas que a vida traduz em milagre. Ali, dentro dela, um coração pulsa antes mesmo de compreender o amor. E para que esse coração cresça, para que os pulmões se abram ao primeiro choro, para que os ossos se firmem no tempo é necessário ferro e vitaminas”, explica.
Segundo a ginecologista, durante a gestação, a mãe entrega tudo de si ao filho: sangue, cálcio, hormônios, vitaminas e até a energia que já não tem. O bebê, com fome de vida, absorve o que pode. Mas, se faltar ferro, falta fôlego para o bebê, para a placenta e, principalmente, para a própria mulher.
“A anemia é traiçoeira. Ela chega disfarçada, com cansaço aqui, uma tontura ali. Mas por trás desses sintomas leves, pode se esconder um perdigo profundo como um parto complicado, um bebê de baixo peso, uma mãe esgotada antes mesmo de ouvir o primeiro choro”, alerta Ana Carolina Ramiro.
A médica enfatiza que, embora pareçam medidas simples, um exame de sangue, uma cápsula diária ou uma alteração no cardápio, são cuidados fundamentais. “Se faltar tijolo, a estrutura sente. Se faltar ferro, a fadiga não é só física, é um sinal de que o corpo está tentando sustentar dois destinos com uma reserva que já se esgota”.
No Hospital Regional de Santa Maria, as gestantes acompanhadas no ambulatório de alto risco têm acesso a exames para avaliar os níveis dos nutrientes diretamente no laboratório.
Raimunda Nonata da Conceição, 40 anos, está grávida de 31 semanas, esperando a pequena Geovana. Paciente de alto risco, ela faz o pré-natal no ambulatório do HRSM, sob os cuidados da médica Ana Carolina. Atualmente, segue uma suplementação com polivitamínico, vitamina D, sulfato ferroso e cálcio.
“Como já passei por um tratamento contra o câncer, estou redobrando os cuidados nesta gravidez. Disseram que eu talvez não conseguisse engravidar novamente, mas aconteceu. Por isso, não esqueço de tomar minhas vitaminas de jeito nenhum. Aaté coloco despertador para lembrar. Sei que são essenciais para que minha filha se desenvolva bem”, conta Raimunda.
Mãe de outros quatro filhos, ela lembra que as gestações anteriores foram tranquilas, sem nenhuma intercorrência. Agora, segue confiante enquanto aguarda a chegada da caçula.
As vitaminas são fundamentais durante a gestação, cada uma cumprindo um papel essencial. A ginecologista Ana Carolina Ramiro explica que o ácido fólico, por exemplo, é responsável por formar o sistema nervoso do bebê, prevenindo malformações. A vitamina D fortalece o organismo, contribuindo para a saúde óssea e reforçando a imunidade da mãe. Já a vitamina B12 é crucial na formação do cérebro e do sangue, enquanto a vitamina C potencializa a absorção do ferro.
“Por isso, o cuidado não deve esperar pelos sintomas. Ele precisa chegar antes do susto, no pré-natal bem feito, nos exames em dia, no prato colorido e no remédio tomado corretamente”, alerta Ana Carolina.
A médica também destaca a importância de uma alimentação equilibrada, que deve incluir frutas, verduras, feijão, carnes magras, ovos e grãos integrais. “Costumo dizer que devemos seguir a dieta das crianças: sobremesa só se almoçar bem, e besteiras apenas no fim de semana, sem exageros”, recomenda.
Por fim, reforça a necessidade dos suplementos prescritos pelo médico. “Mesmo com uma boa alimentação, eles podem ser indispensáveis. Por isso, deixo um recado para as gestantes: antes de olhar para o ultrassom, olhem para o seu sangue.”
*Com informações do IgesDF
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