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Ex-policial Jorge Guaranho responderá pela morte de Marcelo Arruda; sua defesa havia alegado que ele não se lembrava do crime
O Tribunal do Júri de Curitiba condenou, nesta quinta-feira, o ex-policial Jorge Guaranho pelo homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. A decisão tomada no terceiro dia de julgamento ainda cabe recurso, mas, à princípio, a pena será cumprida em regime fechado. O caso ocorreu em Foz de Iguaçu (PR), em junho de 2022.
A sentença saiu após o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ir à Júri Popular. Arruda foi morto durante sua festa de aniversário de 50 anos, cujo tema era o presidente Lula e o PT.
A defesa de Guaranho havia alegado que ele sofre de sequelas neurológicas, motivo pelo qual não se lembra do crime que foi condenado, e teria agido em legítima defesa. Ele foi ao tribunal de muletas.
— Ele sofreu nove disparos de arma de fogo, tem projétil alojado no cérebro, tem sequelas irreversíveis de caráter neurológico e cognitivo. Então, não lembra de nada, não lembra de nada da época — disse o advogado Samir Mattar Assad.
O caso aconteceu em julho de 2022, em Foz do Iguaçu (PR), quando Guaranho invadiu a festa de aniversário de Arruda, que tinha temática do Partido dos Trabalhadores, e realizou disparos contra a vítima. Arruda foi atingido por quatro tiros e morreu. O crime gerou ampla repercussão por ter ocorrido em um ano de acirrada polarização política entre os apoiadores de Bolsonaro e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante o julgamento, a viúva de Arruda foi uma das testemunhas. Pâmela Silva relatou a dor da perda e a ausência do marido na vida do filho mais novo, que tinha apenas 40 dias na época do crime.
— O bebê não sabe o que é pai, o que é falar a palavra pai, ele não teve essa oportunidade de conhecer o Marcelo, ele não tem consciência do que é ter pai. Ele sabe quem é o Marcelo, eu coloquei várias fotos do Marcelo pela casa para que ele conhecesse quem é o pai dele (…) Eu não consegui viver essa coisa de mãe. Não pude dar isso, porque eu estava em um estado emocional muito delicado — afirmou Pâmela.
A comemoração do aniversário de 50 anos ocorria em uma área reservada da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A, no dia 9 de julho de 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná, o réu — desconhecido da vítima e familiares — se aproximou da porta do salão de festas de carro, com o som do veículo em alto volume, reproduzindo uma música de campanha do então candidato Jair Bolsonaro.
De acordo com as testemunhas, Guaranho havia saído de um churrasco com mulher e filho e soube que o festejo tinha como tema decorativo o Partido dos Trabalhadores e o então candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.
Aos gritos de “Bolsonaro” e “mito”, o réu, que estava acompanhado da esposa e do filho – um bebê de colo – ameaçou Arruda mostrando que estava armado e afirmou que voltaria para matar a vítima.
Aproximadamente uma hora depois, Guaranho retornou ao local da festa, sozinho, e começou a disparar contra o alvo e convidados ainda da porta do salão. A ação foi registrada pelas câmeras de segurança. As imagens mostraram que a vítima tentou se esconder debaixo de uma mesa, onde foi alvejada à queima-roupa.
Jorge José da Rocha Guaranho está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). Ele foi demitido do cargo de policial penal por decisão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por uso de recurso material da repartição em atividade particular (arma), improbidade administrativa e incontinência pública.
A decisão é resultado de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado à época do crime, para apurar a atuação do ex-agente da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
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