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Cadastro de interessados será nesta quinta (3), no subsolo da sede do Instituto Brasília Ambiental, na Asa Norte, das 9h às 17h
Premiação foi concedida apenas a três unidades da federação que cumpriram as metas estabelecidas pela organização da sociedade civil Ação da Cidadania
Ibaneis Rocha ressaltou que o Selo Betinho resulta da integração de todas as equipes do GDF: “Esse era um projeto de vida meu e da Mayara de poder estar atendendo as pessoas que mais precisam” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília
Os avanços na garantia da segurança alimentar e nutricional e combate à fome levaram o Distrito Federal a ser uma das três localidades do Brasil a ser reconhecida com o Selo Betinho. A premiação é concedida pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Ação da Cidadania em reconhecimento aos esforços dos governos locais na implementação de ações e políticas públicas na área.
A honraria foi entregue na manhã desta terça-feira (1º) ao governador Ibaneis Rocha em solenidade no Palácio do Buriti. “Esse realmente é um momento muito especial para a nossa cidade e só foi possível graças à integração de todas as equipes. Esse trabalho é feito de forma coordenada exatamente para chegar nas pessoas que mais precisam”, destacou Ibaneis Rocha. “Esse era um projeto de vida meu e da Mayara [Noronha Rocha, primeira-dama do DF] de poder estar atendendo as pessoas que mais precisam. Aqui no DF estamos conseguindo fazer isso com diversos programas”.
R$ 1,3 bilhão, valor investido atualmente na assistência social do Distrito Federal
O chefe do Executivo local elencou as principais ações do GDF para combater a insegurança alimentar. “Nós tínhamos um programa no Distrito Federal que era quase humilhante, que atendia até sete mil pessoas com cestas básicas. Mas tivemos a ideia com a pandemia de criar o Cartão Prato Cheio que hoje atende 100 mil famílias no DF. Outro ponto de referência é que os restaurantes comunitários só serviam a refeição do almoço e cobravam R$ 3. Nós reduzimos o preço para R$ 1 e colocamos de segunda a segunda – porque não funcionava aos domingos e feriados – e implantamos o café da manhã e o jantar por R$ 0,50, garantindo assim as três refeições necessárias ao custo de R$ 2”, apontou.
Mayara Noronha Rocha: “Nós estamos trabalhando para conseguir avançar cada vez mais o acesso à alimentação, que nunca falte no básico na casa de cada brasiliense”
Ibaneis Rocha apontou ainda a expansão no investimento do governo na área social como um dos fatores que levou o DF a conquistar o Selo Betinho. “O gasto com o atendimento à comunidade era de R$ 200 milhões em 2018 e hoje estamos gastando R$ 1,3 bilhão na assistência social do Distrito Federal. Tivemos um acréscimo de mais mil servidores nas secretarias que atendem à comunidade. Graças ao trabalho de contratação de novos profissionais e melhoria dentro da rede de alimentação do DF, conseguimos galgar esse posto que nos deixa muito felizes”, afirmou.
Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Familia e Combate à Fome
A secretária de Desenvolvimento Social e presidente da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan-DF), Ana Paula Marra, reforçou a fala do governador. “Esse prêmio não é da Sedes. É de um governo integrado que trabalha em conjunto para que a gente possa alcançar nossos objetivos. Aqui não estamos tratando apenas de combate à fome, mas de alimentação adequada e de qualidade para que as pessoas possam estar nutridas. Não tenho dúvidas que isso só está sendo possível porque o governo triplicou o investimento nas áreas sociais e, por isso, temos conseguido alcançar as pessoas que mais precisam”, completou.
A primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, destacou o orgulho do DF aparecer no topo entre as 27 unidades da federação no quesito alimentação. “É certamente um orgulho, não só para a gestão, mas para todos que aqui residem”, afirmou.
Celina Leão, vice-governadora do DF
“O resultado é um somatório de ações. Temos os restaurantes comunitários com as três refeições, a redução do valor e acesso facilitado e temos o maior movimento de solidariedade voltado para a alimentação. Através do Solidariedade Salva são toneladas de alimentos a cada grande evento. Certamente é mais comida sendo acessada por aqueles que mais precisam. Nós estamos trabalhando para conseguir avançar cada vez mais o acesso à alimentação, que nunca falte no básico na casa de cada brasiliense”, defendeu a primeira-dama.
“Ver as políticas de segurança alimentar que desenvolvemos neste GDF serem reconhecidas pelo Selo Betinho é ter a certeza de que estamos cuidando de quem mais precisa. É um trabalho articulado, resultado do comprometimento, organização e vontade política para colocá-las em prática e fazê-las chegar a quem mais precisa”, acrescentou a vice-governadora Celina Leão.
A gerente de Políticas Públicas da OSC Ação da Cidadania, Mariana Macário, destacou ações do GDF que resultaram na concessão do selo, em especial o apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, o apoio às cozinhas solidárias e a política de educação alimentar
Apenas três unidades da federação atenderam aos critérios exigidos pelo selo de cumprir 70% das 36 metas criadas pela OSC em parceria com o Instituto Comida do Amanhã. Além do DF, foram premiados Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Curitiba, no Paraná. O resultado veio a partir de uma pesquisa quantitativa e documental, que analisou dados e documentos comprobatórios em três eixos: Adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), Políticas Públicas, incluindo ações emergenciais, e Transparência.
“São muitos motivos que levaram a gente a conceder o selo ao Distrito Federal. A avaliação é bem completa, porque são 36 metas avaliadas [em três eixos]”, explicou a gerente de Políticas Públicas da OSC Ação da Cidadania, Mariana Macário. “Queria destacar o apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar, o apoio às cozinhas solidárias e a política de educação alimentar. Esses são três destaques que temos aqui no Distrito Federal. Parabenizo toda a gestão e dizer que o selo tem duração de um ano. Esperamos que vocês sirvam de exemplo para outros municípios e continuem avançando”.
A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Lilian Rahal, destacou que o DF está entre as três unidades da federação com mais ações coordenadas e simbólicas de segurança alimentar.
“Essa premiação é para compor e dar visibilidade cada vez mais para essas ações de segurança alimentar bem efetivadas. Não é à toa que o DF recebe essa premiação. Todos nós sabemos o quanto o GDF tem conseguido e viabilizado as compras do Pnae e da Cesta Verde, e de tantas outras ações que vêm sendo trabalhadas que coroam o Distrito Federal. Que sigamos juntos em prol da segurança alimentar e nutricional da população do DF e do nosso país também”, ressaltou Lilian Rahal.
Criado em 2021, o Cartão Gás é um auxílio financeiro em parcelas bimestrais de R$ 100 para aquisição de botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) de 13 kg para uso doméstico | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Desde 2019, este GDF tem fortalecido e criado programas para expandir o acesso à alimentação regular e de qualidade no Distrito Federal. Entre as ações está a implementação dos cartões Prato Cheio, que concede benefício de R$ 250 por mês a famílias em vulnerabilidade social para compra de alimentos, e Gás, um auxílio financeiro em parcelas bimestrais no valor de R$ 100 para aquisição do gás para uso doméstico. Os dois programas juntos já beneficiaram mais de 170 mil famílias.
O Selo Betinho foi criado no ano passado com o objetivo de divulgar as políticas públicas e ações interessantes que podem ser referência no combate à fome para outras cidades
Além disso, o governo ampliou o programa de restaurantes comunitários, com a inauguração de novas unidades, o aumento do número de refeições oferecidas e o fornecimento de alimentação gratuita a pessoas em situação de rua. Atualmente, o DF conta com 18 unidades, destas, 13 funcionam todos os dias – incluindo domingos e feriados – e contam com três refeições ao valor total de R$ 2 (sendo R$ 0,50 o café da manhã, R$ 1 o almoço e R$ 0,50, o jantar).
Por meio da agricultura familiar, o DF também garante acesso à alimentação a famílias vulneráveis. É o caso do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma política executada pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), que prevê a compra de itens produzidos por pequenos produtores locais, para destinação a entidades socioassistenciais, cadastrados nos equipamentos de segurança alimentar, como o Banco de Alimentos das Centrais de Abastecimento (Ceasa).
“É um incentivo para o pequeno produtor fazer parte dessa cadeia produtiva”, afirma Roberto Ferreira, agricultor familiar beneficiado pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
Entre 2019 e 2024, o PAA recebeu investimentos de R$ 11.567.193,01 do GDF para adquirir 2.633.373,25 kg de alimentos produzidos pelos agricultores locais. Esses números garantiram comida à mesa de 1.304 entidades sociais, totalizando 333.450 beneficiários.
O produtor e agricultor Roberto Ferreira, 63 anos, é um dos beneficiados. Por meio do PAA, ele garante a própria renda com a comercialização da mandioca produzida em sua propriedade em São Sebastião, ao mesmo tempo em que ajuda outras famílias. “Estamos no cadastro do PAA, inclusive, agora vão começar as entregas. É um incentivo para o pequeno produtor fazer parte dessa cadeia produtiva. Creio que o pequeno agricultor está sendo beneficiado financeiramente pelos órgãos públicos, que nos dão assistência e também beneficia as pessoas que têm acesso aos alimentos”, comentou.
Por meio do Pnae, mais de 5,3 mil produtores familiares já contribuíram com a refeição de mais de 400 mil estudantes da rede pública de ensino | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília
Outro exemplo é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que garante refeições saudáveis para os alunos da rede pública vindos da agricultura familiar. Entre 2019 e 2024, o Pnae contou com a participação de 5.325 produtores familiares e atendeu mais de 400 mil estudantes em 697 escolas.
O GDF conta também com o programa Solidariedade Salva, coordenado pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais. Desde o início, a ação já arrecadou mais de 200 toneladas de alimentos não perecíveis para serem doados a famílias em situação de vulnerabilidade.
Fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a Ação da Cidadania foi criada em 1993 e é considerada referência em ações de combate à fome e à miséria no Brasil. A certificação foi criada no ano passado pelo instituto com o objetivo de divulgar as políticas públicas e ações interessantes que podem ser referência no combate à fome para outras cidades. A premiação tem validade de um ano e o processo de avaliação é voluntário, sem custos para as cidades participantes.
Cadastro de interessados será nesta quinta (3), no subsolo da sede do Instituto Brasília Ambiental, na Asa Norte, das 9h às 17h
Prevista para durar das 9h às 15h, na Avenida Ponte Alta, quadra 404, interrupção é necessária para garantir a segurança dos profissionais e da população
A maior parte desse montante, quase R$ 24,5 milhões, foi investida no programa Cartão Prato Cheio
Secretaria de Saúde do DF oferece diagnóstico e centros especializados