BRASÍLIA
Hospital Modular de Ceilândia tem quase 90% de índice de recuperação
15 de setembro, 2020Com apenas dois meses de funcionamento, unidade já atendeu 479 pessoas infectadas, das quais apenas 59 continuam internadas Dois meses de muitas vidas salvas. O […]
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Com apenas dois meses de funcionamento, unidade já atendeu 479 pessoas infectadas, das quais apenas 59 continuam internadas
“Fiquei sete dias aqui. As condições são excelentes e o tratamento que recebi foi sempre no sentido de melhorar minha autoestima. Foi nota 10”Geraldo dos Reis, motorista de aplicativo
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Atualmente, 57 pessoas estão internadas no local, recebendo os devidos cuidados dos profissionais de saúde. A unidade modular está anexada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e foi construída em tempo recorde, reforçando o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) de combater o coronavírus de forma responsável. O hospital de 1.015 metros quadrados foi erguido em 33 dias e logo entrou na rede de atendimento à Covid-19 no DF.
Com capacidade para 63 leitos, o hospital recebeu 148 servidores temporários. Foram lotados 18 clínicos gerais, 30 enfermeiros e 100 técnicos de enfermagem. A estrutura – de saltar aos olhos – ainda de dispõe de farmácia, três postos de enfermagem, dois depósitos de materiais, área para lavagem de material, sanitários adaptados e copa para funcionários.
Estrutura que surpreende o motorista de aplicativo, Geraldo dos Reis Ferreira, de 63 anos, internado no hospital. “Fiquei sete dias aqui. As condições são excelentes e o tratamento que recebi foi sempre no sentido de melhorar minha autoestima. Foi nota 10”, disse.
Geraldo, que tem diabetes e é hipertenso, teve 35% do pulmão comprometido pela doença, mas venceu a batalha na sexta-feira (11). Ele se preparava para receber alta enquanto conversava com a reportagem da Agência Brasília.
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Assim como ele, o aposentado Francisco das Chagas Lima, de 75 anos, preparava-se para deixar o hospital na sexta-feira. “Faço hemodiálise e os cuidados aqui sempre foram muito bons. Eles me levam na clínica para fazer a diálise e me acompanham o tempo todo. Aqui é um hospital muito bom e hoje eu sinto que nasci de novo”, relata.
Tal retorno dos pacientes enche os olhos de quem está na linha de frente no combate à Covid-19, como o médico Daniel Bonfim. “A gente fica comovido e não deixa de agradecer o carinho dos pacientes. O que temos visto aqui, nas últimas três semanas, é uma queda nos casos mais graves. Isso nos anima, também”, comemora.
Daniel conta que, no início da pandemia, o trabalho foi mais complicado em razão da novidade que o coronavírus representava, além da apreensão gerada pela doença. Ele também relata que ter uma estrutura adequada para trabalhar, como a que o hospital modular oferece, motiva os profissionais. “Trabalhar em um lugar assim traz tranquilidade para seguir nosso trabalho e prestar nossa assistência sem nos expor”, afirma.
Ainda segundo o médico, a pandemia trouxe um senso de coletividade entre os profissionais e até de reaproximação com antigos colegas. “Estamos sempre trocando informações, lendo artigos. Até meus grupos com amigos da faculdade voltaram a se movimentar, trocar mensagens”, arremata.
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“Tem sido um grande aprendizado. As equipes se sincronizaram ainda mais, estão comunicando melhor. Esse hospital é um grande ganho para Ceilândia. Nos organizamos como pudemos para esse momento e tenho visto o empenho de todos, formando uma grande corrente do bem”, destaca.
A expectativa do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) para o pós-pandemia é transformar a unidade modular em clínica médica, que é uma grande demanda da população de Ceilândia e região. Com ou sem pandemia, fica o legado da estrutura para a população da cidade e todos os que buscam atendimento por lá.
Responsabilidade social
A empresa JBS, por meio do programa Fazer o Bem Faz Bem, doou R$ 11 milhões para o enfrentamento do coronavírus no Distrito Federal, incluindo o valor a construção do hospital modular. Além da nova unidade em Ceilândia, o DF tem recebido da empresa equipamentos de proteção individual (EPIs), itens de higiene e limpeza e cestas básicas para instituições sociais, benefícios que devem impactar mais de 2,5 milhões de pessoas.
As doações integram um esforço nacional da JBS de enfrentamento à Covid-19. Ao todo, a empresa pretende doar R$ 400 milhões a 19 unidades da Federação e a mais de 200 cidades.