Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
Doe órgãos e salve muitas vidas Pouca gente sabe disso: ao morrer, uma pessoa pode salvar oito ou mais vidas com a doação de seus órgãos ou tecidos. A doação de órgãos envolve os rins, o fígado, o coração, pâncreas e o pulmão. Já a doação de tecidos abrange a córnea, pele, ossos, cartilagem e …
Pouca gente sabe disso: ao morrer, uma pessoa pode salvar oito ou mais vidas com a doação de seus órgãos ou tecidos. A doação de órgãos envolve os rins, o fígado, o coração, pâncreas e o pulmão. Já a doação de tecidos abrange a córnea, pele, ossos, cartilagem e medula óssea. Porém, “doação de órgãos” continua longe do debate familiar, principalmente, o que dificulta uma prática mais comum de transplantes em nosso país.
No Brasil, não vale a declaração de uma pessoa para doar os seus órgãos. A decisão final é da família que, por sua vez, estará abalada com a perda e, assim, ignora que há milhares de doentes dependendo de um órgão para continuar vivendo.
Em recente reportagem de televisão, uma mãe, que não se identificou, deu a dimensão dessa decisão. Depois de autorizar a doação de órgãos de seu jovem filho, morto num acidente de carro, ela declarou:
“No velório, a gente chorava, mas outras família sorriam. A morte é triste, mas a doação de órgãos reconforta”
O apresentador Fausto Silva, o Faustão, ressuscitou esse debate quando recebeu um coração doado, única alternativa para tentar se curar de uma insuficiência cardíaca. Há um mês Faustão convive com o “novo” coração. E, já podendo avaliar a extensão do ato da família do doador, Faustão prometeu se engajar em campanhas para incentivar as doações e salvar vidas.
Enquanto isso, a mulher de Faustão, Luciana Cardoso, e o filho do apresentador, João Silva, foram à Câmara dos Deputados para defender a tramitação de um projeto de lei que permita a “doação presumida de órgãos”, como explicou Luciana.
“Viemos aqui pedir, de uma maneira política, a análise do projeto da doação presumida. Acho que os deputados e senadores vão ter a oportunidade de fazer história no país. Ninguém merece ficar na fila”
Doador presumido é o princípio de que todos os brasileiros, maiores, são doadores de órgãos, quando morrem, independentemente de terem deixado qualquer declaração. Atualmente, abalada com a perda e envolvida com a cerimônia do velório, as famílias, em geral, nem sempre querem tratar desse assunto, alegando que a retirada dos órgãos prolonga o sofrimento de todos. E se perde a oportunidade de salvar várias vidas.
Uma recente pesquisa sobre o assunto demonstrou que 80% da população adulta brasileira é favorável à doação de órgãos. Porém, essa vontade esbarra num índice de recusa familiar muito grande. Por isso, há necessidade de legislação específica e de campanhas de conscientização sobre a grandeza de salvar vidas a partir da morte. Por isso é preciso que o Congresso se envolva nessa campanha e aprove legislação eficaz nesse sentido.
De janeiro a junho deste ano o Brasil registrou mais de 1,9 mil doadores de órgãos, um recorde se comparado com o mesmo período dos últimos dez anos. Com isso, foi possível realizar mais de 4,3 mil transplantes, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), órgão do Ministério da Saúde. Comparado com o mesmo período de 2022 houve um aumento de 16% no número absoluto de transplantes de órgãos.
JOSÉ CRUZ
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