Brasília Agora


ECONOMIA

Lançamento de programa para negociar dívidas vai ficar para depois, diz Haddad

12 de janeiro, 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas a serem anunciadas serão fiscais e que o lançamento do programa de renegociação de dívidas […]

Lançamento de programa para negociar dívidas vai ficar para depois, diz Haddad
Fernando Haddad, cotado para o Ministério da Fazenda Foto: ricardo stuckert

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as medidas a serem anunciadas serão fiscais e que o lançamento do programa de renegociação de dívidas Desenrola deve ficar para depois de sua viagem para o Fórum Econômico de Davos, que ocorre na semana que vem. Haddad viaja no domingo para a Suíça.

As declarações foram dadas na saída do Ministério da Fazenda, após reunião com a presidente indicada do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e o diretor de Contadoria e Controladoria da Caixa, Marcos Rosa. Segundo fontes, as medidas desta quinta terão o mote de recuperação fiscal e devem ter impacto de cerca de R$ 160 bilhões.

A principal medida deve ser a retomada do voto de qualidade do Comitê Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o que dá a possibilidade de a Fazenda desempatar as votações. O pacote de medidas deve incluir também a revogação da redução do PIS/Cofins cobrado sobre receitas financeiras de grandes empresas.

Endividamento atinge 78,9% das famílias brasileiras, revela pesquisa

A parcela de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,9% em novembro deste ano. A taxa é inferior aos 79,2% de outubro, mas superior aos 75,6% de novembro de 2021. Os dados – divulgados hoje (6) no Rio de Janeiro – são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

As famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso, somavam 30,3% em novembro deste ano, mesmo patamar do mês anterior, mas acima dos 26,1% de novembro de 2021. Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas subiram para 10,9%, acima dos 10,6% de outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

A parcela daqueles que se consideram muito endividados aumentou de 14,8% em novembro de 2021 para 17,5% em novembro deste ano. O comprometimento médio da renda com dívidas ficou em 30,4%, acima dos 30,3% de outubro deste ano e de novembro de 2021.