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Liga das Nações põe nova geração do vôlei feminino à prova

31 de maio, 2022

Zé Roberto Guimarães inicia ciclo pensando em Paris com muitas caras novas em busca do título inédito, mas cobra melhoria no trabalho de base no país A seleção brasileira feminina de vôlei inicia nesta terça uma nova era, mas sob o comando de um velho conhecido: José Roberto Guimarães. O treinador tricampeão olímpico é o …

Zé Roberto Guimarães inicia ciclo pensando em Paris com muitas caras novas em busca do título inédito, mas cobra melhoria no trabalho de base no país

A seleção brasileira feminina de vôlei inicia nesta terça uma nova era, mas sob o comando de um velho conhecido: José Roberto Guimarães. O treinador tricampeão olímpico é o condutor da renovação de um elenco que conquistou a prata nas Olimpíadas de Tóquio e chega para a Liga das Nações com muitas novidades. Em três edições da Liga, as brasileiras somam duas pratas (2019 e 2021). Os Estados Unidos, campeões olímpicos, são tricampeões.

O sportv transmite todas as partidas da Liga das Nações entre os dias 31 de maio e 5 de junho. O Brasil estreia contra a Alemanha nesta terça (31) às 19h, e o ge acompanha a partida em tempo real.

José Roberto Guimarães orienta time contra Sérvia — Foto: Getty Images

José Roberto Guimarães orienta time contra Sérvia — Foto: Getty Images

Entre as 19 convocadas pelo treinador na preparação para o torneio, apenas quatro estiveram em Tóquio para as Olimpíadas (as levantadoras Macris e Roberta, a ponteira Rosamaria e a central Carol). Jovens como Lorrayna, Kenya e Julia Bergmann têm as primeiras experiências no time adulto. Das 19 chamadas pelo treinador, 13 têm menos de 25 anos.

– É muito gratificante você ver essas jogadoras chegando no infanto aqui, novinhas, cheias de sonhos, esperanças e idealizando um futuro. E o time adulto treinando aqui, o que é mais importante. Então as cabecinhas que aparecem ali na porta olhando a gente, sonhando em querer ser igual algumas que estão aqui.

“Eu acho que a gente está na terceira ou quarta geração. Hoje nós temos duas jogadoras aqui que eu praticamente vi o primeiro treino delas, que foram a Rosamaria e a Gabi”, completou Zé Roberto.

Julia Bergmann é um dos destaques da nova geração — Foto: Divulgação CBV

Julia Bergmann é um dos destaques da nova geração — Foto: Divulgação CBV

Foram convocadas as levantadoras Macris, Roberta e Kenya; as opostas Lorenne, Kisy e Lorrayna; as ponteiras/opostas Rosamaria e Tainara; as ponteiras Ana Cristina, Julia Bergmann, Karina e Pri Daroit; as centrais Carol, Diana, Julia Kudiess, Lorena e Mayany; e as líberos Natinha e Nyeme.

Mas nem todas elas disputam essa primeira fase. Rosamaria, por exemplo, ainda está se recuperando de uma contusão sofrida pelo clube e não viaja.

Apesar dos talentos encontrados e desenvolvidos na seleção ao longo dos últimos anos que trouxeram ótimos resultados, o treinador entende que é preciso buscar evolução e melhorias no trabalho de base brasileiro.

– É muito prazeroso ver que o voleibol brasileiro está trabalhando em um sentido muito legal, renovando, só que acho também, e aí vai uma crítica, que poderia ter muito mais. Nós temos uma quantidade de jogadoras que não é suficiente, poderia ser muito maior e com uma qualidade também melhor. Por uma série de circunstâncias, principalmente da vida, que hoje economicamente nós estamos passando dentro do Brasil, muitos clubes pararam de trabalhar na base – destacou.

A seleção brasileira começa a participação na primeira fase da Liga das Nações nos Estados Unidos, em Shreveport-Bossier City, na Louisiana. A estreia é contra a Alemanha, nesta terça. No grupo, ainda terá Polônia, República Dominicana e as donas da casa, até o dia 5 de junho, quando se encerra a primeira fase.

– A expectativa é sim de buscar a melhor colocação, porque agora vão ter quartas de final. Antes eram seis classificadas, agora classificam oito, mas a Turquia já está entre os oito para a fase final por ser sede. Então se ela ficar fora dos oito, ela entra e o oitavo fica fora. Tudo pode acontecer, a gente tem que ter uma atenção muito grande nesse começo de competição – afirmou o técnico.

Zé Roberto pede paciência com o desenvolvimento dos novos talentos do vôlei brasileiro, mas ao mesmo tempo destaca a boa expectativa em torno dessas jogadoras construída pelo período de treinos no centro de treinamentos da CBV, em Saquarema, no Rio de Janeiro.

– Acho que sempre que se inicia uma nova geração tem que ter um pouco de paciência. Porque o que falta para elas é experiência nesse nível internacional. É jogar contra as melhores seleções do mundo, é perder, é ganhar e entender como tudo funciona lá fora.

“Eu estou com uma expectativa muito grande, mas ao mesmo tempo muito otimista, porque estou vendo um foco e uma qualidade no treinamento muito interessante”, completou o técnico.

Depois da primeira fase, nos Estados Unidos, a seleção brasileira ainda encara outras três fases na competição em Brasília, Sofia, na Bulgária, e Osaka, no Japão, para tentar se garantir entre as oito melhores seleções, que disputam a fase final em Ancara, na Turquia, entre os dias 13 e 17 de julho.

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Fonte: Por Giba Perez, João Ribeiro e Nathalia Movilla* — Saquarema (RJ)

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