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POLÍTICA

Lula chega a Xangai, primeira parada da visita à China

12 de abril, 2023

Presidente participa da posse de Dilma Rousseff à frente do banco do Brics. Em Pequim, ele se encontra o presidente Chinês, Xi Jinping Opresidente Luiz […]

Lula chega a Xangai, primeira parada da visita à China
O avião de Lula pousou em Xangai por volta das 22h30. A comitiva foi recebida pela ex-presidente Dilma Rousseff - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente participa da posse de Dilma Rousseff à frente do banco do Brics. Em Pequim, ele se encontra o presidente Chinês, Xi Jinping

Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta quarta-feira (12) a Xangai, primeira parada de sua visita à China. O avião de Lula pousou no aeroporto da cidade por volta das 22h30 desta quarta, no horário local, 11h30 no horário de Brasília.

No desembarque, a comitiva do petista, que inclui o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi recebida pela ex-presidente Dilma Rousseff. Em Xangai, Lula participa da posse de Dilma Rousseff como presidente do banco do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A solenidade está marcada para quinta-feira (13).
Na sequência, Lula irá a Pequim para um encontro com o presidente da China, Xi Jinping, na sexta-feira (14). O petista também terá encontros com lideranças políticas e empresários. Na volta fará uma parada nos Emirados Árabes Unidos.

Temas

Na Ásia, Lula tratará principalmente da relação comercial com a China, maior parceiro de negócios do Brasil, mas também da guerra entre Rússia e Ucrânia e de questões de governança global.

Inicialmente, a visita do petista ao país asiático seria no fim de março, mas Lula foi diagnosticado com uma pneumonia e, por orientação médica, remarcou a viagem. Convidado para a visita pelo presidente chinês, Xi Jinping, Lula tem uma pauta bem definida: defender as relações já construídas com o maior parceiro comercial do Brasil e, eventualmente, ampliar a lista de produtos brasileiros para venda no gigante asiático.

Ao mesmo tempo, o presidente busca a consolidação da estratégia da política externa do governo. Ao vencer as eleições, no discurso da vitória, Lula dedicou grande parte do tempo para falar das relações internacionais e que uma de suas prioridades seria “recolocar o Brasil no mundo”.

Oportunidades econômicas

A viagem gera grande expectativa para a agenda econômica em setores como o agronegócio, infraestrutura e tecnologia. Com relação ao primeiro, especialistas ressaltam a oportunidade de o país expandir a exportação de carnes para o gigante asiático, com a autorização e abertura de novas plantas de produção que tenham permissão para que seu produto seja enviado e consumido pelos chineses.

Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), desde 2013, a China é o primeiro, dos três principais destinos dos produtos do agronegócio brasileiro. Ano passado, 31,9% da exportação nacional de produtos do setor teve Pequim como destino.

Já na infraestrutura, a China é, também, um dos principais investidores no Brasil. De acordo com o Itamaraty, entre 2007 e 2021, o Brasil foi o quarto principal destino internacional de investimentos chineses (4,8% do total) e o principal na América do Sul (48%).

Tendo em vista o histórico de parceria, a expectativa é de que a viagem possa fortalecer ainda mais a relação entre ambos. Ela é importante para o Brasil, que pode utilizar a parceria para suprir carências no setor de infraestrutura.

Com relação ao setor de tecnologia, no roteiro anterior de Lula estava prevista uma visita a um centro de pesquisa da Huawei e uma parceria no desenvolvimento de tecnologia de monitoramento. Antes do diagnóstico do presidente, o Itamaraty também afirmou que pretendia assinar pelo menos 20 acordos com os chineses durante a viagem.

Além disso, estava no radar a reativação de um fundo de R$ 20 bilhões que foi criado em 2015, mas estava parado por questões burocráticas. Uma aliança global contra a fome, nos moldes da aliança da China com a África, seria outro ponto focal da viagem.