
Presidente do Republicanos faz queixa em ligação para Bolsonaro e ouve promessa de apoio em meio a briga com Malafaia
Ex-mandatário teria assegurado a Marcos Pereira que irá pedir a pastor que pare com os ataques
Parlamento deve votar decisão em sessão nesta quarta-feira e há movimentação para derrubar a medida
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu seu veto ao projeto sobre ‘saidinha’ de presos, medida que deve ir à votação na quarta-feira.
— A família quer ver o cara que tá preso. Então, eu segui a orientação do Ministério da Justiça e vetei. Vamos ver o que que vai acontecer se o Senado derrubar, ou melhor, se o Congresso derrubar. É um problema do Congresso. Eu posso lamentar, mas eu tenho que acatar, tá? — afirmou Lula em café-da-manhã com jornalistas no Palácio do Planalto nesta terça-feira.
Uma ala do Congresso se movimenta para derrubar a decisão presidencial desde sua publicação. O evento está marcado para a próxima quinta-feira, às 19h.
— O que nós vetamos? A proibição de um cidadão ou cidadã que não tenha cometido crime hediondo, que não tenha cometido estupro, que não tenha cometido o crime de pedofilia e possa visitar os parentes. É uma coisa de família. A família é uma coisa sagrada. A família é a base principal de organização de uma sociedade — disse Lula.
A decisão de Lula de vetar o ponto principal do projeto de lei que restringe a “saidinha” de presos provocou insatisfação entre os líderes partidários do Poder Legislativo. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou que o Congresso não concordaria com um veto, assim como líderes partidários.
A aprovação do projeto teve protagonismo de personagens ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. No Senado, o texto foi relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, e na Câmara por Guilherme Derrite (PL-SP), que é secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo. Derrite é auxiliar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro.
Mesmo sendo uma demanda da oposição, a bancada do PT no Senado votou em peso a favor do projeto, com exceção do senador Rogério Carvalho (PT-SE). Apesar de a Câmara não ter registrado nominalmente os votos, deputados do PT também tinham se comprometido a votar a favor.
Ao vetar, Lula faz um aceno à base de esquerda, historicamente contrária ao endurecimento penal, e um gesto de apoio ao ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.
Ex-mandatário teria assegurado a Marcos Pereira que irá pedir a pastor que pare com os ataques
Deputado federal anunciou nesta semana licença de cargo na Câmara e intenção de permanecer no território americano
Análise ocorre no plenário virtual; deputada federal diz que provará sua inocência
Deputado federal comunicou que ficará nos Estados Unidos na última terça-feira