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Governo quer que projetos sobre delação e aborto não sejam ‘centrais’ na câmara; ministro afirmou que Lula já manifestou opinião ‘sobre a necessidade de não se atiçar a beligerância’
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira que o Palácio do Planalto vai atuar para que o Congresso Nacional não vote o projeto que proíbe delações premiadas de réus presos e o que equipara o aborto realizado após a 22ª semana ao crime de homicídio.
Padilha afirmou que os temas não deveriam ser “centrais” no parlamento e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou opinião “sobre a necessidade de não se atiçar a beligerância”.
— Consideramos que esses projetos de lei não deveriam estar neste momento na pauta prioritária da Câmara dos Deputados — afirmou Padilha, completando: — O governo vai entrar em campo para que a pauta da Câmara não seja em projetos que atiçam a beligerância, que atiçam a violência política.
Padilha afirmou que o líder do governo na Câmara, José Guimarães, vai “reforçar” essa posição com os líderes e com o presidente Arthur Lira.
—Achamos que qualquer projeto de lei que alimente esse clima de intolerância, de beligerância, não deveria estar no centro das pautas neste momento […] o líder Guimarães vai reforçar essa fala junto ao conjunto dos líderes e ao presidente da Câmara.
Como mostrou o colunista do Globo Lauro Jardim, a Câmara votar amanhã o pedido de urgência para o projeto de lei que equipara o aborto realizado após a 22ª semana ao crime de homicídio. Já o segundo projeto tenta proibir delações premiadas de réus presos. Como mostrou o colunista do GLOBO Bernardo Mello Franco, o projeto foi “desenterrado” por Lira e pode abrir caminho para anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid, que comprometeu o o ex-presidente Jair Bolsonaro em diversas investigações da Polícia Federal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou nesta segunda-feira a segunda reunião de coordenação política, com a participação dos principais ministros e dos líderes do governo no Legislativo. A prática de discutir na segunda-feira os principais assuntos, que existia nos dois primeiros mandatos do petista, foi retomada na semana passada, depois da série de derrotas do governo no dia 28, com derrubadas de vetos do presidente pelos parlamentares.
O encontro durou cerca de 40 minutos. Esse foi a primeira reunião com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, que na semana passada estavam em viagem fora do país e foram representados pelos secretários-executivos de suas pastas.
No dia 28, o governo sofreu mais uma série de derrotas no Congresso. Os parlamentares derrubaram o veto presidencial ao ponto central da lei que restringe saídas temporárias de presos. Houve ainda manutenção da decisão, tomada ainda na gestão de Jair Bolsonaro, de dificultar a punição à disseminação de desinformação eleitoral. Foi derrubado também o veto a um artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que desestimula a destinação de verbas do Executivo a ações favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), ao aborto e à agenda LGBTQIA+.
Depois disso, foi decidido que as reuniões de coordenação serão realizadas e Lula também se comprometeu a participar mais da articulação política.
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