POLÍTICA
Lula na ONU: veja os 7 recados do presidente no discurso de abertura da Assembleia Geral
24 de setembro, 2024 / Por: Agência O GloboTratou da fome, criticou guerras e cobrou o cumprimento das metas de descarbonização em sua fala na sessão de abertura do encontro em Nova York
Em seu segundo discurso na ONU após a sua volta ao poder, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou da fome, criticou as guerras, cobrou o cumprimento das metas de descarbonização, reclamou do embargo econômico a Cuba e atacou o poder nas mãos de big techs.
1. Guerras
Lula disse que o ano de 2023 ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial.. Afirmou que os gastos com equipamentos militares atingiram R$ 2,4 trilhões. Também abordou a proposta do Brasil e da China para colocar um fim ao conflito entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o presidente, o povo palestino tem sido punido por causa da reação de Israel aos ataques do Hamas em outubro do ano passado.
— Assistimos a uma das maiores crise humanitária da história recente que se expande perigosamente para o Líbano, o que começou como uma ação de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se uma punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa se tornou em direito de vingança que impede um acordo para liberação de reféns e adia o cessar fogo.
2. Meio ambiente
O presidente do Brasil cobrou o auxílio financeiro a países pobres para combater as mudanças climáticas. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. Também destacou que 2024 caminha para ser o ano mais quente da história. Neste momento, citou a enchente no Rio Grande do Sul e a estiagem na Amazônia. Em outro ponto em que criticou sem citação direta países que fazem parte da ONU, Lula falou de acordos climáticos que, na prática, se tornam inócuos, por não serem cumpridos:
— Estamos condenados à interdependência da mudança climática. O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos, está cansado de meta de redução de emissão de carbono, negligenciada do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega.
3. Plataformas digitais
O presidente também fez críticas veladas a Elon Musk, dono da rede social X, Lula atacou “plataformas digitais que se julgam acima da lei.”
— O futuro de nossa região passa sobretudo por construir estado sustentável, eficiente, inclusivo e enfrente todas as formas de discriminação. Que não se intimida ante indivíduos, coorporações e plataformas digitais que se julgam acima da lei. A liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras. Elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, icluindo o ambiente digital.
4. Mulheres na ONU
O presidente voltou a defender em seu discurso a necessidade de uma reforma no organismo internacional e destacou em sua fala nunca na história uma mulher ter ocupado o principal cargo de comando da ONU. Lula cobrou uma mudança do estatuto da entidade e defendeu a entrada de mais países no conselho se segurança.
— O cargo de secretário-gerla jamais foi ocupado por uma mulher.
5. Meio ambiente
Como em anos anteriores, o discurso de Lula na abertura da Assembleia-Geral da ONU destaca a questão ambiental. Lula disse que as metas de descarbobização estabelecidas pelos países precisam ser cumpridas. Também se comprometeui a zerar o desmatamento da Amazônia até 2030.
— O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna, furacões no Caribe, tufões na Ásia, seca e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam rastros de inundação.
6. Combate à fome
O presidente brasileiro afirmou que o dinheiro gastos em equipamentos militares poderia ser usado para combater a fome. Também disse que o Brasil lançaram no encontro do G-20, em novembro no Rio, lançaram a aliança contra a fome e pobreza.
7 – Crítica ao embargo a Cuba
O presidente brasileiro criticou o embargo econômico a Cuba e disse que a população do país é que paga o preço.
— É injustificado manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais, que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis.
