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Janja se encontra com Papa no Vaticano
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Ministro da Defesa afirmou que levou o comandante da Força, Marcos Sampaio Olsen, para conversar com o presidente após a publicação
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, tratou como “imprudência” da Marinha o vídeo institucional em celebração ao Dia do Marinheiro, publicado em dezembro, em que ironiza ao questionar se a vida militar tem “privilégios”. A postagem foi feita três dias após o anúncio do projeto do governo de cortes nas despesas das Forças Armadas.
— Aquele vídeo foi uma imprudência. Inoportuno. Foi num momento péssimo — disse Múcio, em entrevista ao Roda Viva.
O ministro afirmou que levou o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a publicação. Segundo Múcio, Olsen “reconheceu” o erro durante o encontro com o petista.
Na entrevista, Múcio também detalhou a conversa que teve com Lula, nas últimas semanas, quando decidiu permanecer à frente do ministério.
— Ele (Lula) disse: olha, Múcio, nós estamos em uma fase difícil, somos amigos, sei das suas pretensões, quer restar à disposição da família, dos amigos, mas quero que você fique. Estamos com alguns desafios e não queria abrir mais um problema. E os comandantes militares também não querem. E ele pediu para que eu ficasse e, pedido de amigo… — afirmou Múcio, que evitou responder diretamente se ficará até o final do mandato. — Isso é outra história. Vamos atravessar o ano primeiro — brincou.
Durante o Roda Viva, Múcio também afirmou que o vídeo incomodou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que se sentiu atacado pelo fato de um dos atores presentes na gravação ser parecido com ele:
— Aquele vídeo realmente foi um problema para nós, né? Primeiro apareceu uma pessoa dizendo que parecia com o ministro Haddad. Eu não achei tão parecido. Eu não achei, fiz de tudo para achar e não achei.
O conteúdo alterna imagens de integrantes das Forças Armadas em treinamento e pessoas em momentos de lazer, e é encerrado com uma militar questionando: “Privilégios? Vem pra Marinha”. O vídeo foi apagado das redes da Marinha no dia 17 de dezembro, duas semanas após a publicação.
A publicação foi vista como uma indireta contra o pacote fiscal de Haddad. A proposta atinge diretamente os militares com a regra de 55 anos mínima para aposentadoria. No plano estabelecido entre a Fazenda e a Defesa, a transição para que essa regra passe a valer será até 2032.
O material fazia parte da celebração do Dia do Marinheiro, comemorado em 13 de dezembro, e foi criticado por políticos, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Segundo a deputada, a publicação era um “grave erro”. “Ninguém duvida que o serviço militar exige esforço e sacrifícios pessoais, especialmente da tropa que se arrisca nos treinamentos e faz o serviço pesado. Isso não faz dos militares cidadãos mais merecedores de respeito do que a população civil, que trabalha duro, não vive na farra”, declarou a parlamentar à época.
Na rede X, o vídeo ganhou nota da comunidade, um sistema de checagem comunitária dos próprios usuários. “O vídeo apresentado não reflete a realidade. Os militares da Marinha recebem benefícios e salários superiores à média da população brasileira. Por outro lado, grande parte dos brasileiros enfrenta jornadas de trabalho longas e exaustivas, com pouco tempo para descanso”, diz a nota.
O blog da colunista Malu Gaspar informou que Múcio não foi consultado e nem informado pelo comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, sobre o vídeo institucional com referências aos “privilégios” recebidos na carreira. Ainda segundo o blog, a peça foi vista na Esplanada dos Ministérios como “incoveniente” e “um tiro no pé”.
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