BRASÍLIA

Óleo de cozinha usado: saiba como descartar de forma correta

21 de julho, 2025 | Por: Agência Brasília

GDF disponibiliza pontos de coleta em várias regiões do DF para garantir o descarte correto dos resíduos

Você sabia que apenas um litro de óleo descartado de forma inadequada é capaz de contaminar até 25 mil litros de água? É por isso que o Governo do Distrito Federal (GDF) disponibiliza nove pontos de entrega voluntária (PEVs) no Distrito Federal localizados em Ceilândia, Planaltina, Guará, Taguatinga, Gama, Asa Sul e Santa Maria, para que as pessoas joguem fora o resíduo sem gerar risco ao meio ambiente.

Nesses pontos podem ser descartados óleos de cozinha usados (como soja, milho e girassol), azeite, óleo mineral e até resíduos de gordura animal, desde que estejam em estado líquido. O ideal é esperar o óleo esfriar, filtrá-lo e armazená-lo em garrafas PET ou outros recipientes vedados antes de levá-lo ao ponto de coleta.

Esse simples cuidado evita sérios impactos ambientais e permite o reaproveitamento do resíduo na produção de sabão, biodiesel e outros produtos industriais. No DF, o recolhimento e a destinação correta desses resíduos são realizados por meio de parceria entre o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb).

Recolhimento e utilização

“Os líquidos são recolhidos nos PEVs pelo SLU e levados para tonéis, que são abastecidos gradualmente”, explica o superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Caesb, Glênio Luz. “Quando estão cheios, a Caesb é acionada para fazer o recolhimento e armazenar o conteúdo. Depois, esse óleo é destinado por meio de leilão para empresas privadas que utilizam o material na fabricação de sabão, glicerina ou outros produtos.”

O superintendente lembra que, além de contribuir com a reciclagem, o descarte correto traz benefícios diretos à população: “Nas regiões em que há essa conscientização, observamos menor incidência de entupimentos. Quando a população faz sua parte, conseguimos evitar prejuízos à rede de esgoto e ao meio ambiente”.

Prejuízos ambientais

O descarte incorreto de óleo líquido representa um grave risco. Além de provocar entupimento das redes de esgoto — o que pode gerar transbordamentos, mau cheiro e até alagamentos urbanos —, o resíduo também contamina o solo e os lençóis freáticos.

“A destinação inadequada pode até comprometer a saúde humana, com a liberação de gases poluentes”, alerta o subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF), Marco Antônio Amorim. “O descarte consciente reduz a poluição, fortalece a economia circular e ainda pode gerar novos produtos, como sabão e detergentes. Já existe um mercado consolidado para isso. A conscientização é fundamental para proteger o meio ambiente e garantir qualidade de vida.”

O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, também ressalta a importância da iniciativa. “Temos incentivado práticas que promovem a reciclagem e a educação ambiental, pois acreditamos que pequenas atitudes fazem uma grande diferença na preservação dos nossos recursos naturais”, pontua.

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