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Ponto Final

21 de março, 2022

Caixa preta nunca existiu Circula na internet um vídeo antigo em que o presidente Jair Bolsonaro promete abrir a “caixa-preta” do BNDES. Era uma forma […]

Ponto Final

Caixa preta nunca existiu

Circula na internet um vídeo antigo em que o presidente Jair Bolsonaro promete abrir a “caixa-preta” do BNDES. Era uma forma de atacar os governos petistas de irregularidades na concessão de empréstimos para Cuba, Venezuela etc. O vídeo hoje virou uma espécie de fake news, pois o próprio presidente disse com todas as letras que a “caixa-preta no BNDES” nunca existiu. Para satisfazer o presidente Bolsonaro, o BNDES gastou R$ 48 milhões com uma investigação sobre as operações no período de 2005 a 2018. O assunto está encerrado. Tanto que em dezembro de 2019, o BNDES divulgou um relatório informando que não foram encontradas irregularidades. “Assim, os bolsonaristas precisam evitar divulgar o vídeo e parar de confundir “liberdade de expressão” com fake news”. Chega a ser algo primitivo.

Preocupação

Duas coisas preocupam o Centrão em relação à campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. O aumento dos combustíveis e a carestia, além da rejeição do eleitorado feminino. O dado curioso é que mesmo com os chamados “pacotes de bondade” a situação não tem melhorado.

Resistência

Inimigos declarados do hoje pequeno ministro da Economia, Paulo Gudes, estão impressionados com a sua capacidade de “adaptação” as novas realidades. E diz um declarado adversário: “ele consegue ficar num pedacinho da mesa, mas não pede para mudar de sala”.

De 300 picaretas…

Com o chamado “orçamento secreto”, um presidente da Câmara que engavetou mais de 150 pedidos de impeachment do presidente e outras excrecências, o Congresso reagiu ao ataque do pré-candidato do PT, o ex-presidente Lula, de que o Congresso está “deformado”. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou com ofensivas e sem fundamento. Só para lembrar, em 1993, Lula fazia campanha e falou em “300 picaretas” do Congresso. O desabafo virou até música do Paralamas, “Luiz Inácio (300 picaretas)”. A impressão que se tem é que nada mudou.

Novo xerife

O ministro da Justiça, Anderson Torres, se transformou em um dos “homens de confiança” do presidente Jair Bolsonaro. Tanto que foi convidado a continuar no governo. Habilidoso, Torres conseguiu organizar a maneira de Bolsonaro a Polícia Federal e se ransformou em uma espécie de “xerife” da Esplanada.

Gim e União

Depois que teve sua sdentença anulada e tendo recuperado seus direitos polítios, o ex-senador Gim Argello tem conversado com integrantes do União Brasil sobre uma possível filiação. Só que alguns integrantes do partido não tem sido muito receptidos ao desembarque do ex-senador no partido.

Nova aposta

Os chamados “bons prognósticos” sobre uma reação da terceira via feitos pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, já começam a provocar suspeitas sobre sua taxa de sucesso. A expectativa da vez é a filiação do governador tucano gaúcho, Eduardo Leite. Na bola de cristal de Kassab, Leite teria chance de atrair outros presidenciáveis.

E agora…

Nas eleições de 2018 o Brasil conheceu os novos arautos da nova politica que anunciavam mudanças. Fracasso total. Abandonaram até mesmo a bandeira da corrupção. A grande pergunta agora é o que farão diante da nova realidade para as eleições do próximo mês de outubro.

Boulos federal

O teimoso Guilherme Boulos, Coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto),  mudou de ideia. Em nota, ele anunciou a desistência de concorrer ao governo de São Paulo. Agora, o objetivo é disputar uma vaga de deputado federal e ajudar o PSOL superar a cláusula de barreira e aumenta a bancada na Câmara. O PT espera que Boulos apoie a candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo paulista.

Sonhando alto

O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), está bem colocado em algumas pesquisas e já pensa em disputar o governo ou o Senado. Perillo é visto como “eleito” para uma vaga de deputado federal por Goiás sem grandes problemas. Só que está sonhando mais alto. Tanto que adiou para junho a decisão sobre que cargo disputará nas eleições de outubro.

 

Carlos Honorato
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