Os desafios de Lula

N os jornais de hoje sobram conselhos e mágoas em função da difícil vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). A herança a ser recebida a partir de janeiro de 2023 é pesada: fome, miséria, inflação persistente, baixo crescimento e uma bomba fiscal preste a explodir. É o Brasil que Bolsonaro vendia como exemplo para mundo. Além do mais, Lula receberá um pais rachado. Numa espécie de “discurso de posse” na Paulista, o petista já começou a pregar um governo de união nacional e um forte combate a probreza. O certo é que os embates no parlamento também devem ser dificeis, principalmente em função do escandaloso “orçamento secreto”. Muitos políticos já acrescetaram ao seu orçamento mensal as emendas que não precisam de prestação de contas. Os desafios são grandes, mas o Brasil é bem maior. Como bem disse Lula: “Não existem dois Brasis. Somos um único povo, uma única nação”.

Habilidoso

“Algumas cabeças coroadas do Congresso acreditam que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma relação bem melhor com o Congresso do que Jair Bolsonaro (PL). A tese é a de Lula é bem mais político e habilidoso em temas delicados.

Governadores

O PT e o União Brasil saíram das eleições como os partidos com o maior número de governadores eleitos: quatro cada um. Na soma geral, 11 partidos vão comandar vários estados a partir de 2023.

Sem ministério

O vice-presidene eleito Geraldo Alckmin (PSB) não deverá ser nomeado para um ministério do governo Lula. Fala-se que Alckmin tocará o governo juntamente com Lula, mas terá a missao de “cuidar” da rotina para deixar o presidente mais livre para outras tarefas.

Marina Silva

Tem gente apostando no nome de Marina Silva (Rede), deputada federal eleita por SP, para ocupar o Ministério do Meio Ambiente. Teria a missão de restruturar tudo que o governo de Jair Bolsonaro destruiu na área ambiental.

Dino forte

As especulações em torno de nomes para ocupar o futuro ministério do governo Lula já estão circulando. Até agora o único já citado por Lula é o senador eleito Flávio Dino, ex-governador do Maranhão. Ex-juiz aposentado, Dino pode desembarcar no Ministério da Justiça.

Vitória exemplar

Com uma campanha diferente, Raquel Lyra (PSDB) é a nova governadora de Pernambuco. A derrota serve como uma lição política para Marília Arraes, que liderou a campanha no primeiro turno, mas cometeu erros primários e grosseiros que não cabe relembrar. É uma derrota que ensina muito a neta de Miguel Arraes que a política é feita de detalhes e muita paciência.

Bolsonarismo

Muitos políticos se perguntam se o bolsonarismo irá sobreviver a quatro anos de governo Lula. Alguns dizem que o bolsonarismo foi derrotado, mas o líder Jair Bolsonaro (PL) teve 58.206.322 votos. Resta saber que caminhos o movimento tomará diante de um novo governo de “comunistas” como dizem os mais radicais. Outros acreditam que o bolsonarismo é uma mancha escura na democracia brasileira e só existiria no mundo digital.

Aguardando

A grande expectativa é saber o que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem de mensagem para os bolsonaristas. Apesar de habitarem apenas o mundo digital, os aliados do presidente precisam traçar um futuro de ação no enfrentamento com o novo governo a partir de janeiro de 2023.

Eleições limpas

Ao contrário da desconfiança do presidente Jair Bolsonaro (PL) com as urnas eletrônicas, o Brasil teve – mais uma vez – eleições limpas e rápidas. Agora é esperar o poderoso relatório do Ministério da Defesa relatando duas impressões democráticas sobre o pleito.

Carlos Honorato
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