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Ponto Final

12 de abril, 2021

Bolsonaro, Kajuru e a CPI   Como qualquer governo faria, o presidente Jair Bolsonaro trabalha para “barrar” a CPI da Pandemia a todo custo. Seus últimos […]

Ponto Final

Bolsonaro, Kajuru e a CPI  

Como qualquer governo faria, o presidente Jair Bolsonaro trabalha para “barrar” a CPI da Pandemia a todo custo. Seus últimos movimentos indicam muita preocupação e quer trazer para a investigação os prefeitos e governadores. Ele tem insinuado nos seus ataques aos governadores que poderia que ocorrido desvio do dinheiro enviado pelo governo federal aos estados. Só que não mostrou qualquer prova de supostos desvios. Já a conversa do presidente com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) mostra a vontade do presidente em tentar desviar atenção com pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. O deputado Rodrigo Maia diz que a conversa é muito grave e que deverá ser investigada pela CPI da Pandemia.

 

Réu confesso

Único dos seis senadores petistas a não assinar o pedido de instalação da CPI da Pandemia, Jaques Wagner (PT-BA), diz que não contesta decisão judicial, mas acredita que a prioridade deve ser a vacinação. E mais: “depois vamos atrás de responsabilizar os culpados, o que não será muito difícil, já que o presidente da República é réu confesso, insensato e insensível diante do sofrimento do povo brasileiro”.

 

Reforma tributária

A chegada da CPI da Pandemia ao Senado vai contribuir para que a tal reforma tributária atrase ainda mais. Tanto que na Câmara a ideia é prorrogar para o final de maio o funcionamento da Comissão Mista da Reforma tributária. Com a economia com números cada vez piores e o enfraquecimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, ninguém se arrisca em qualquer previsão.

 

Lockdown e Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro continua sua cruzada de que o STF deu poderes demais aos governadores dos estados. É uma forma de atacar os lockdowns decretados por alguns governadores contra a pandemia. Acredita-se que se tais medidas não tivessem sido tomadas os números da pandemia seriam bem piores.

 

Pesquisa curiosa

Pesquisa que circula em alguns gabinetes de Brasília mostram que o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), lidera a disputa pelo Buriti para 2022. Na segunda colocação está a senador Leila Barros (PSB). A curiosidade é que o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), aparece empatado com o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Detalhe: Marconi é candidatíssimo a deputado federal por Goiás em 2022.

 

Lula e PSB

O ex-presidente petista Lula praticamente definiu o apoio do PSB a sua candidatura presidencial de 2022. Por enquanto o prefeito de Recife, João Campos, está fora do pacote em função de conversas com o candidato do PDT, Ciro Gomes.

 

Cooperação

O ministro da Cidadania, João Roma, ex-aliado do presidente do DEM, ACM Neto, diz que nunca conversou com Bolsonaro sobre possível candidatura ao governo da Bahia em 2022. Roma prega que o momento é de cooperação no combate a pandemia, mas ressalta que o Judiciário tem extrapolado as suas funções.

 

Vacinas

Se depender da vontade do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, bancos públicos deverão participar do financiamento da conversão de fábricas de vacinas de animais para produção de vacinas contra a Covid-19. O principal agente em tal tarefa seria o BNDES.

 

Aventura do MDB-GO

O presidente do MDB-GO, Daniel Vilela, é visto atualmente com o responsável pela saída do seu grupo da Prefeitura de Goiânia. A reclamação é a de que Daniel não foi humilde o suficiente para ouvir vereadores, deputados e lideranças do partido. O resultado foi de que o MDB perdeu todo o espaço em pastas importantes na Prefeitura em função das decisões de Vilela. O curioso é que quatro ex-deputados federais, um ex-vice-prefeito de Goiânia e um ex-presidente da Câmara Municipal tenham embalado na chamada “aventura” do ex-deputado federal Daniel Vilela. Ao todo o MDB entregou 14 cargos importantes na Prefeitura de Goiânia.

 

Neutralidade

Para um político que se diz “aposentado”, o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) está um uma agenda lotadíssima no seu escritório político na avenida T-9. Iris acompanhou de perto todo o desenrolar da crise entre o MDB e o prefeito Rogério Cruz, mas manteve a sua neutralidade.

 

Carlos Honorato
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