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Ponto Final

28 de julho, 2021

União de forças Ao contrário do que algumas publicações apostaram, a chegada do senador Ciro Nogueira a Casa Civil não retira os poderes da ministra […]

Ponto Final

União de forças

Ao contrário do que algumas publicações apostaram, a chegada do senador Ciro Nogueira a Casa Civil não retira os poderes da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Os dois são amigos de longa data. Na conversa que tiveram ontem o que se pode prever é que ficou demonstrado que a ordem é unir forças e não dividir. Tanto que a previsão é a de que se formou um trio político bem articulado dentro do governo de Jair Bolsonaro integrado por Ciro, Flávia e o também ministro Fábio Faria (Comunicações). É a vitória da política e de uma visão democrática de articulação com o Congresso para ajudar no processo de governabilidade. Vale lembrar que a Casa Civil sempre exerceu naturalmente uma liderança sobre os demais ministérios, inclusive Segov e Secom.

Reeleição

Caso tudo aconteça como imagina o presidente Jair Bolsonaro, a Casa Civil com Ciro Nogueira será fundamental para a organização da campanha da reeleição. Tanto que ao levar o “Centrão” para dentro do palácio o presidente tenta isolar as articulações contra o impeachment e os efeitos da CPI da Covid, além de facilitar as articulações políticas com o Congresso.

Hora da política

Uma coisa alguns políticos começam a comentar: o presidente Jair Bolsonaro está começando a entender que os “generais” não funcionam muito bem em termos de política e campanha eleitoral. “Os generais funcionam muito bem na organização, mas não no jogo político. Não é a praia deles”, diz um parlamentar governista.

Articulação difícil

A chegada de Ciro Nogueira na Casa Civil tem uma explicação dada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro: a dificuldade de articulação do general Luiz Eduardo Ramos. Exageros à parte, o próprio presidente com suas declarações “fora de hora” também contribui muito para dificultar qualquer conversa ou negociação política.

Ameaça eleitoral

O ministro da Defesa, general Braga Netto, é outro que vem se atrapalhando com as palavras quando o assunto é ter “sensibilidade política”. Tanto que o ministro Gilmar Mendes acaba de enviar para a Procuradoria Geral da República (PGR) vários pedidos de investigação contra o ministro. Algumas em relação as negadas ameaças às eleições de 2022.

Investigações

A exemplo de vários outros políticos atuantes na política brasileira, o novo ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP-PI) não foge à regra. Ele também tem processos no STF. Alguns inquéritos apuram suspeitas de atos de corrupção. Algumas ações são da Operação Lava-jato e foram baseadas em delações premiadas.

Lula vice

O ex-presidente Lula não gostou dos pedidos de que ele seja candidato a vice, a exemplo do que aconteceu na Argentina. Pela rede social, Lula disparou: “Quem tá pedindo pra eu ser candidato a vice deveria se lançar candidato a presidente… Quem quiser evitar polarização se candidate”.

Reaproximação

O habilidoso presidente do PSC, pastor Everaldo, tem se dedicado a uma missão difícil: tentar se reaproximar do presidente Jair Bolsonaro. Só para lembrar, o pastor é o “pai” da candidatura e eleição de Wilson Witzel como governador do Rio nas eleições de 2018.

Igrejas e crédito

Uma estranha brincadeira que se faz é a de que as “pequenas igrejas são grandes negócios”. Só que tal coisa pode se transformar realidade se a Câmara aprovar um projeto em que os bancos oficiais possam abrir linhas de créditos para as igrejas.

Alírio candidato

O ex-deputado distrital e presidente da Câmara Legislativa do DF, Alírio Neto, deverá ser mesmo candidato a deputado distrital nas próximas eleições. Só que vai esperar as novas regras para as próximas eleições. E arremata: “não se pode decidir para qual partido ir sem antes saber quais serão as novas regras eleitorais”.

 

Carlos Honorato
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