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POLÍTICA

Quaest BH: Fuad segue à frente com 46% das intenções de voto, mas Engler oscila positivamente e chega a 40%

24 de outubro, 2024 / Por: Agência O Globo

A quatro dias do segundo turno, prefeito e candidato à reeleição mantém liderança; os dois estão empatados tecnicamente no limite da margem de erro

Quaest BH: Fuad segue à frente com 46% das intenções de voto, mas Engler oscila positivamente e chega a 40%
Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) — Foto: Reprodução

A mais nova pesquisa Quaest para o segundo turno em Belo Horizonte, divulgada nesta quarta-feira, mostra que o prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD), segue à frente do deputado estadual Bruno Engler (PL), mas a vantagem do nome do PSD para o bolsonarista diminuiu dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O candidato à reeleição soma 46% das intenções de voto (eram 46%), contra 40% do aliado de Jair Bolsonaro (eram 37%).

Apesar da vantagem numérica do prefeito, os dois estão tecnicamente empatados no limite da margem de erro, cenário que é estatisticamente improvável. Outros 9% votariam em branco ou nulo ou não pretendem votar. Já os que não souberam responder são 5%.

A quatro dias das eleições, os entrevistados parecem ter convicção de seu voto. Entre os eleitores de Fuad Noman, 82% afirmam que sua escolha é definitiva. Este índice, no caso dos que preferem Bruno Engler, é de 79%.

O levantamento aponta para uma maior transferência dos votos de candidatos derrotados para o prefeito: 46% daqueles que votaram em Mauro Tramonte (Republicanos), candidato que ficou em terceiro no primeiro turno, agora indicam intenção de escolher Fuad. Os que preferem Engler, nesse grupo, são 31%. Na pesquisa anterior, porém, Fuad marcava 52% no segmento, contra 28% de Engler.

Já 66% dos eleitores do quarto colocado, o presidente da Câmara Gabriel Azevedo (MDB), migram para Fuad, enquanto 30% apontam intenção de votar no nome do PL. O prefeito tem ainda mais vantagem entre aqueles que votaram na deputada federal Duda Salabert (PDT) no primeiro turno: 88% pretendem escolher o candidato à reeleição, enquanto 7% querem o bolsonarista na prefeitura.

Espontânea

Na espontânea, quando a lista de candidatos não é apresentada, os candidatos seguem empatados tecnicamente, mas com uma diferença menor. Fuad tem 35% das intenções de voto, contra 31% do bolsonarista. Indecisos representam 31%.

Contratada pela TV Globo, a pesquisa Quaest foi feita presencialmente com 1.002 eleitores de Belo Horizonte entre 20 e 22 de outubro. O levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-07435/2024.

Prefeito apresenta estabilidade

Assim como não oscilou nas intenções de voto, Fuad Noman manteve o mesmo índice na avaliação de sua gestão. Assim como na pesquisa divulgada na semana passada, 48% dos belo-horizontinos consideram a gestão positiva. São 34% aqueles que consideram regular e 12%, negativa.

Esses números são bem diferentes de quando o prefeito começou a campanha eleitoral. Em agosto, a boa avaliação era de 27%. Este crescimento está associado ao desconhecimento que Fuad enfrentava, após cair de paraquedas na cadeira municipal em março de 2022, quando Alexandre Kalil renunciou o cargo para concorrer ao governo do estado.

O horário eleitoral nos meios de comunicação foi decisivo para a ascensão do prefeito, que em agosto tinha 9% das intenções de voto. Com pouco mais de dois minutos e meio na televisão, sua coordenação investiu em uma imagem afetuosa junto ao eleitor. Descendente de sírio, seu jingle, inclusive, trás a origem de seu nome, que significa “coração” em árabe.

Alianças consolidadas

Após avançarem ao segundo turno, os dois candidatos têm apostado em apoios externos. De um lado, Fuad Noman recebeu o endosso da esquerda, representada pelo presidente Lula e por toda a federação PT-PV-PCdoB, assim como do PSOL e Rede Sustentabilidade e o PDT. Apesar dos acenos à esquerda, a campanha do prefeito tem investido em se manter como representante do centro. Não há interesse em nacionalizar ou polarizar a disputa.

Do outro lado, Bruno Engler tem o apoio oficial do Republicanos e do Novo. As siglas estiveram coligadas, no primeiro turno, com a candidatura de Mauro Tramonte. A campanha de Engler também conseguiu o endosso do governador Romeu Zema (Novo), que deu declarações favoráveis e gravou vídeos para a campanha. O deputado integra a base do governador na Assembleia Legislativa e a aliança com Tramonte gerou rusgas com o PL. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também gravou um vídeo esta semana em que declarou apoio a Engler.


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