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POLÍTICA

Sucessão na Câmara: para se tornar favorito, Hugo Motta confirmou apoio de cinco partidos em menos de 36 horas

1 de novembro, 2024 / Por: Agência O Globo

Na noite de quarta-feira, o deputado já havia angariado a chancela de mais de 300 colegas — são necessários 257 votos, de um total de 513 parlamentares, para ser alçado ao posto

Sucessão na Câmara: para se tornar favorito, Hugo Motta confirmou apoio de cinco partidos em menos de 36 horas
Dep. Hugo Motta. Foto: MDB Nacional

Alçado à condição de favorito à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) viu sua candidatura decolar em menos de 36 horas. Lançada oficialmente na manhã de terça-feira, a postulação já contava, no início da noite de quarta, com o apoio formal de cinco partidos cujas bancadas, somadas à do próprio Republicanos, garantiriam votos suficientes para que ele possa vencer a disputa em fevereiro.

A primeira sigla a embarcar na empreitada foi o PP de Lira, que se tornou o principal fiador de Motta na corrida por sua cadeira. Na sequência, vieram Podemos e MDB, além dos antagonistas PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e PL, de Jair Bolsonaro. Assim, na noite de quarta-feira, o deputado já havia angariado a chancela de mais de 300 colegas — são necessários 257 votos, de um total de 513 parlamentares, para ser alçado ao posto.

Nesta quinta, juntaram-se à lista PV e PCdoB, que compõem federação com o PV. O União Brasil, que até então trabalhava com a candidatura de Elmar Nascimento (BA), também deve fechar com Motta. O deputado espera ainda uma aliança com o PSD de Antonio Brito (BA), outro nome que vinha sendo apontado como aspirante ao posto de Lira até então.

O atual presidente da Casa chamou cerca de dez deputados do PSD na noite de quarta-feira para tentar convencer o partido a recuar da candidatura de Brito, que é líder da sigla. Depois do encontro, os parlamentares pessedistas foram conversar com o correligionário e disseram que Lira tentaria ajudar Brito a assumir um ministério, sem citar qual pasta, no governo Lula.

A ideia é que ele aceitasse integrar a Esplanada para retirar a candidatura e apoiar abertamente Motta. De acordo com relatos, porém, Brito negou o acordo e disse que vai manter seu nome no páreo.

Brito e o líder do União Brasil, Elmar, firmaram um pacto para se unirem futuramente contra Motta. A ideia era atrair partidos governistas, mas a articulação naufragou.

Integrantes da cúpula do União Brasil temem perder espaço na Casa e não querem confrontar o candidato de Lira. O partido dá como certo que estará na aliança de Motta. Elmar Nascimento, por sua vez, disse que mantém a candidatura, mas admite conversar com o nome do Republicanos.


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