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Verão é época de cuidados redobrados com a saúde dos olhos

5 de janeiro, 2024

Período é marcado pelo aumento de casos de conjuntivite. Altas temperaturas e aglomerações são fatores de risco . Verão é época de calor e, para […]

Verão é época de cuidados redobrados com a saúde dos olhos
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília.

Período é marcado pelo aumento de casos de conjuntivite. Altas temperaturas e aglomerações são fatores de risco

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Verão é época de calor e, para muitas pessoas, isso significa tomar intermináveis banhos de piscina ou de mar, além de aproveitar o bom tempo e dar um belo passeio. São nestes momentos, porém, que é necessário o cuidado redobrado com os olhos: a época é marcada pelo aumento dos casos de conjuntivite.

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Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular – o branco dos olhos – e o interior das pálpebras. A doença pode afetar um ou os dois olhos e, apesar de costumar não deixar sequelas, deve ser tratada com ajuda médica.

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O aumento dos casos no verão não é à toa. Conforme explica a Referência Técnica Distrital (RTD) em oftalmologia, Larissa Friggi, o número de pacientes com conjuntivite aumenta em decorrência do calor, que favorece a proliferação de bactérias e vírus. “Há um aumento de casos no verão devido a maior capacidade de proliferação dos vírus e bactérias por conta do calor e da umidade. Outro agravante é que, nesta estação, há uma maior aglomeração de pessoas em clubes, piscinas, praias e festas de fim de ano”, explica.

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A contaminação ocorre pelo contato direto com uma pessoa infectada, o que levanta a importância de alguns cuidados ao lidar com alguém que apresente os sintomas da doença. “A contaminação pode ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa contaminada passa a mão no olho, depois cumprimenta outra. Ou quando compartilham o mesmo travesseiro e toalha”, explica a oftalmologista.

Sintomas mais comuns

Os sintomas típicos dependem do tipo da doença. As conjuntivites podem ser divididas em três: viral, bacteriana e alérgica.

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A mais comum é a viral, normalmente causada pelo adenovírus. Entre os sintomas, estão: sensação de areia nos olhos, lacrimejamento com uma secreção mais líquida e clara, quemose (inchaço na conjuntiva), edema palpebral, coceira inicial leve a moderada. Em alguns casos, também é possível apresentar linfonodos (ínguas) na região em volta da orelha.

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Mais comuns nas crianças, a conjuntivite bacteriana apresenta como sintomas secreção amarelada, olhos bem avermelhados e, normalmente, não há coceira. Já a alérgica apresenta uma coceira intensa, com secreção clara, tipo muco, e hiperemia (aumento na circulação sanguínea) ocular leve.
 

O aumento dos casos no verão é decorrente da maior proliferação dos vírus e bactérias devido ao calor e umidade. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

Como se prevenir

Como a principal forma de contaminação é por meio do contato com alguém doente, a oftalmologista reforça que o fator fundamental para a prevenção é educação e higiene. “Evitar passar a mão suja nos olhos, não coçar os olhos, evitar compartilhar maquiagem com a pessoa contaminada, trocar a fronha do travesseiro. Ou seja, os cuidados gerais de higiene são a melhor forma de prevenção”, explica Larissa Friggi.

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Apesar de a conjuntivite durar em média de 5 a 15 dias, a especialista ressalta que o paciente não deve se automedicar. O ideal é procurar ajuda médica, pois o tratamento depende do tipo de doença.

Atendimento

Em casos de suspeita, o paciente pode se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência mais perto do local onde mora. Em casos de emergência, a rede de Saúde disponibiliza três hospitais com pronto-socorro oftalmológicos: Hospital Regional da Asa Norte (Hran), o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

Dicas rápidas

• Evite passar a mão suja nos olhos – lave as mãos com frequência

• Não coce os olhos

• Evite compartilhar maquiagem e outros produtos de beleza

• Troque a fronha do travesseiro

• Evite compartilhar toalha de rosto

• Não se automedique