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Volta às aulas: veja as doenças mais comuns entre crianças e saiba como protegê-las

10 de fevereiro, 2023

Retomada do convívio social deixa crianças mais expostas a vírus e bactérias, que podem trazer complicações RESUMINDO A NOTÍCIA Volta às aulas é um momento […]

Volta às aulas: veja as doenças mais comuns entre crianças e saiba como protegê-las
Antonio Cruz/Agência Brasil

Retomada do convívio social deixa crianças mais expostas a vírus e bactérias, que podem trazer complicações

RESUMINDO A NOTÍCIA

  • Volta às aulas é um momento em que as infecções virais se tornam mais frequentes entre crianças
  • Vacinação é importante para prevenir quadros respiratórios, mais comuns nesse momento
  • Pais e professores devem estar atentos aos sinais apresentados pelas crianças
  • Crianças não devem ser enviadas à escola até sua recuperação

Pais e professores devem redobrar a atenção aos sintomas das crianças durante período escolar

TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

A volta às aulas é um período que gera ansiedade e também preocupação aos pais, afinal, a reunião de crianças em uma sala, a depender da idade, pode facilitar a transmissão de vírus, bactérias e infecções.

De acordo com a infectologista Aline Scarabelli, consultora médica do Labi Exames, as doenças mais comuns no período escolar são a conjuntivite, doenças do trato respiratório (gripes, resfriados e covid-19), infecções na garganta, e gastroenterites.

A médica Maura Neves, otorrinolaringologista pela USP, acrescenta à lista as faringites, amigdalites, laringites, otites, traqueítes, bronquites e pneumonias.

O pediatra Nelson Ejzenbaum, membro da Academia Americana de Pediatria reitera, também, problemas como os piolhos, comuns nessa idade, e a preocupação com outras enfermidades, menos frequentes – em um cenário de alta cobertura vacinal – como catapora e sarampo.

Doenças como pneumonia, Covid-19, catapora (varicela), coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, rotavírus, meningites e gripe exigem mais atenção por parte dos pais e podem demorar até três semanas até que a criança possa voltar ao convívio social.

É importante que pais e professores se atentem aos sinais, que podem variar desde febre, dores, bolhas, feridas, tosse, cansaço, cólicas, náuseas, falta de apetite, diarreia, vômito, fraqueza, dores abdominais, manchas na pele à corisa.

É importante observar, também, se o quadro de saúde da criança apresenta alguma melhora, geralmente, 48 horas após o início das medicações.

Cuidados

Maura ressalta que “na presença de sintomas respiratórios, o mais adequado é evitar enviar a criança à escola, primeiro para preservar a própria criança, que está adoentada e, segundo, prevenir o contágio às demais crianças na escola”.

Aline afirma ainda que “é importante lembrar que doenças como conjuntivite e resfriado não possuem vacinas disponíveis. Portanto, os pais devem ficar atentos aos sintomas, não levar a criança para a escola neste período e promover atitudes que evitem que a infecção se espalhe, como o uso de máscaras, higiene das superfícies e evitar o compartilhamento de utensílios”.

Para Roberta Pilla, otorrinolaringologista membro da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial), a adoção de alguns hábitos pode ajudar na prevenção dessas doenças e em sua transmissão, mantendo hábitos de higiene, sono e atividades físicas das crianças.

Na própria escola, é recomendado que os ambientes estejam sempre bem ventilados e que os alunos sejam incentivados a sempre usarem álcool em gel e lavar as mãos.

Caso algum sintoma seja percebido, é importante que as crianças sejam encaminhadas à enfermaria, e que os pais estejam cientes do quadro para buscar ajuda médica.

Maura destaca também que em casa algumas medidas podem ajudar, como a lavagem nasal com solução salina duas vezes ao dia, ajudando a reduzir a quantidade de quadros de infecções nasais.

Vacinação é fundamental

Consenso entre os médicos, o maior aliado na prevençlão de infecções é a vacinação infantil.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

“O ideal é que as crianças, ao iniciarem a escola, tomem todas as vacinas do calendário vacinal infantil. Criança tem que estar com o calendário vacinal em dia”, destaca Ezjembaum.

Entre os principais imunizantes necessários estão as vacinas contra a gripe, Covid, pneumo 13 ou pneumo 23, haemophilus influenzae tipo B e rotavírus.

Por fim, também expostos e vulneráveis às infecções, os professores devem se atentar aos sintomas que eles possam apresentar.

É aconselhado que tais profissionais não compareçam ao trabalho doentes, evitando transmitir alguma enfermidade para as crianças e, assim como para elas, estar com as vacinas em dia, manter a limpeza do ambiente escolar, e incentivar os bons hábitos de higiene, usando lenços ou a parte interna dos cotovelos para cobrir boca e nariz ao espirrar e tossir.

  • Fonte: SAÚDE | Giovanna Borielo, do R7