BRASÍLIA
Entenda a importância dos bancos de leite humano
10 de agosto, 2020Além de orientar as mães, essas unidades fazem a coleta, pasteurização e distribuição para bebês internados Toda mulher sadia que esteja amamentando é uma potencial […]
Além de orientar as mães, essas unidades fazem a coleta, pasteurização e distribuição para bebês internados
Toda mulher sadia que esteja amamentando é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade da criança. A doação de leite materno é de extrema importância porque alimenta cerca de 250 bebês por dia no Distrito Federal, em todas unidades neonatais da rede pública de saúde.
O Distrito Federal é destaque nacionalmente pelo fato de distribuir leite materno para todas as crianças internadas em unidades neonatais. Para isso, possui 15 bancos de leite humano (BLH), sendo dez da Secretaria de Saúde, dois federais e três da saúde suplementar. Há também cinco postos de coleta, sendo dois da Secretaria de Saúde e três da rede suplementar (e todas maternidades da rede contam com um banco de leite ou posto de coleta).
“A principal função dos bancos de leite e postos de coleta é o apoio, proteção e promoção do aleitamento materno. Outra função é coletar o leite excedente das nutrizes, pasteurizar e distribuir com qualidade certificada”, explica Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal.
No Distrito Federal, 98% da doação de leite materno é feita de forma domiciliar: no caso, as mães coletam o leite em um pote de vidro com tampa de plástico e armazenam no freezer, entram em contato com o banco de leite, que faz o cadastro e, uma vez por semana, vai até a casa delas e troca o pote cheio por um vazio.
Equilíbrio
De janeiro a julho deste ano, foram coletados 10.299 litros de leite materno, que serviram para atender 7.360 crianças. “Iniciamos o ano com um déficit de 30% nas doações, mas conseguimos recuperar e estamos com 1% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, no mês de julho, tivemos uma arrecadação menor que as de maio e junho – e temos muitos bebês doentes que precisam de leite materno”, informa Miriam Santos.
Segundo ela, a queda nas doações de julho preocupa, já que houve menos de 300 litros de leite materno coletado em relação ao mês anterior. Segundo a coordenadora, é de extrema importância que se mantenham os estoques para atender os bebês que estão internados nas unidades neonatais.
“O banco de leite que está passando por maior dificuldade é o do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), que tem uma distribuição diária de cerca de 12 litros de leite materno pasteurizado. A maioria das mães que têm bebês internados na unidade neonatal é diarista, ou seja, aquela mãe que passa o dia no hospital e vai embora para casa. Com a questão da pandemia, estas mães estão evitando ir ao hospital porque a maioria delas utiliza o transporte público”, afirma Miriam.
Fundação
O primeiro Banco de Leite Humano foi criado no Distrito Federal em 1978, que foi o do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), uma parceria da época com o Rotary Clube de Taguatinga Norte. Essa parceria existe até hoje, esse clube de serviços sempre disponibiliza alguns insumos que o banco de leite possa precisar, vidros e até conserto de equipamentos. A coleta domiciliar é realizada pelo Corpo de Bombeiro Militar desde 1989.
“A rede de Banco de Leite Humano é uma casa de apoio à amamentação. Todas mulheres que desejam amamentar deve nos procurar. Estamos dispostos e prontos para atender e orientar. Mesmo com a pandemia, fazemos orientações por telefone, e-mail, videochamadas e presencialmente”, conclui.
Serviço
Para mais informações sobre o Banco de Leite Humano, acesse o site Amamenta Brasília.
* Com informações da Secretaria de Saúde/DF