BRASIL
Governo inaugura primeira antena de 5G em área rural do país
12 de maio, 2021A nova tecnologia permitirá ao produtor reduzir custos e ganhar competitividade Ao sobrevoar a plantação de algodão, um drone transmite em tempo real e com […]
A nova tecnologia permitirá ao produtor reduzir custos e ganhar competitividade
Ao sobrevoar a plantação de algodão, um drone transmite em tempo real e com alta definição (4K) a situação da lavoura. No escritório, a equipe técnica usa óculos de realidade virtual e consegue reproduzir as imagens a partir de hologramas, recriando, assim, a situação do campo.
É a partir da conexão em 5G que drones, chips, GPS e equipamentos como tratores poderão entrar em ação – Foto: Mapa
Esse é um dos cenários possíveis a partir da conectividade 5G no campo, que passa a estar disponível a partir desta terça-feira (11) com a inauguração da primeira antena em área rural dessa nova geração da internet na fazenda modelo do Instituto Matogrossense de Algodão (IMAmt), em Rondonópolis (MT).
É a partir da conexão em 5G que drones, chips, GPS e equipamentos como tratores poderão entrar em ação e enviar informações sobre comportamento e saúde do animal e manutenção de condições climáticas da lavoura, por exemplo.
Com esse serviço, a digitalização do agronegócio ganha força e reforça o papel do Brasil como protagonista no cenário mundial de produção de alimentos a partir da redução de custos e diminuição de perdas na produção. O acesso à internet no campo ainda leva cidadania, conhecimento e oportunidades aos produtores rurais das áreas mais remotas, assim como oportuniza aos produtores mais competitivos a implementação das tecnologias mais avançadas no que diz respeito à agricultura digital e de precisão.
Ministra Tereza Cristina e ministro Fábio Faria inauguram primeira antena 5G em área rural-Foto: Guilherme Martimon/Mapa
Futuro
Instalada pela fabricante Nokia, a antena permite o sinal de internet em alta velocidade a partir de uma transmissão gerada pela própria estrutura. É o 5G standalone, também conhecido como 5G puro.
A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), destacou que o Governo Federal trabalha para que a tecnologia 5G chegue a todos os brasileiros. “Esse leilão [das frequências de operação da nova geração de internet móvel] vai bombar para que essa tecnologia seja democratizada, chegue a todos. Com certeza, isso vai trazer melhoria no social, ambiental e na produtividade do agro brasileiro. Isto é o início de uma estrada do que virá para o futuro do agro brasileiro.”
“O 4G revolucionou a vida das pessoas e o 5G vai revolucionar as indústrias. Para o agronegócio, que é quem está fazendo o nosso Brasil crescer, mesmo nesta crise, junto às telecomunicações, será um avanço gigantesco. O 5G vai fazer o nosso agro crescer 20% a mais, em média, e esse leilão está muito próximo de acontecer”, ressaltou o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Simulação
O monitoramento remoto, a partir de sensores, permite a medição da temperatura e avaliação das condições hídricas imediatas na plantação. Em simulação, foi possível acionar a irrigação em determinada área mesmo a quilômetros de distância.
Os tratores também estão conectados. Ao comprar esse tipo de máquina, o produtor não adquire apenas o equipamento, mas um serviço conectado, que gera dados para aprimorar a produção. Pelo serviço digital inteligente, é possível que a fábrica preste manutenção no trator e atue como uma unidade de treinamento.
5G no Brasil
O sinal da tecnologia 5G pura foi acionado pelo Presidente Jair Bolsonaro na abertura da Semana das Comunicações, dia 5 de maio. A primeira antena do modelo está localizada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Segundo o ministro das Comunicações, até o fim deste ano serão 20 pilotos de 5G em todo o país, sendo que a expectativa é que todas as capitais brasileiras tenham internet 5G até julho do ano que vem e que todos os brasileiros tenham acesso à internet até 2028.
Para a implementação do 5G no Brasil, será feito leilão das frequências de operação da nova geração de internet móvel. Discutido em diversas audiências públicas ao longo de 60 dias em 2020, o leilão é considerado não arrecadatório, já que todas as verbas levantadas serão investidas em infraestrutura de comunicação e aprimoramento da conectividade em áreas ainda carentes.
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento