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POLÍTICA

Homem que explodiu bomba em evento de campanha de Lula no Rio é solto

16 de fevereiro, 2024

André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 57 anos, foi condenado mas vai cumprir a pena em regime aberto

Homem que explodiu bomba em evento de campanha de Lula no Rio é solto
Justiça marca audiência de André Stefano Dimitriu Alves de Brito. Ele é acusado de arremessar bomba caseira em comício de Lula na Cinelândia — Foto: Reprodução

O pescador André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 57 anos, que explodiu uma bomba caseira em um evento de campanha de Lula no Rio de Janeiro foi condenado pelo crime de explosão, mas foi liberado para cumprir a pena em regime aberto. Após cerca de 1h de um ato na Cinelândia, no Centro do Rio, o explosivo foi atirado do lado de fora dos tapumes que delimitam a área destinada ao público e detonou próximo de um banheiro químico.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, que antecipou a informação, ele deixou a prisão nesta quinta-feira. No momento da ocorrência, o homem vestia uma camisa preta de mangas compridas, onde estavam colados os decalques de campanha com as inscrições: “Lula, Freixo, André & Eu”.

O dispositivo, feito com pavio ligado a uma garrafa PET preenchida com um material similar a fezes humanas, detonou após alguns segundos, espalhando os excrementos perto do público e deixando forte odor. Ninguém ficou ferido. O ato assustou o público que se concentrava próximo ao palco, no lado direito, nas imediações do Theatro Municipal.

André foi identificado após acionar os PMs, que estavam na esquina da Rua Araújo Porto Alegre com a Avenida Rio Branco, por volta das 19h, dizendo ser perseguido por populares. Um dos cabos então perguntou sobre seus documentos e o homem disse não possuir pois teria perdido durante o ato político.

Quando André já havia sido colocado dentro da viatura, sendo conduzido à delegacia, pessoas cercaram o carro afirmando que ele havia jogado uma garrafa que explodiu e querendo linchá-lo. Ao delegado Gustavo de Castro, titular da 5ª DP, os militares disseram que chegaram a temer pela “saúde física” dele.


Na delegacia, André confessou o crime, mas não quis prestar depoimento. Informalmente, ele disse não ter “inclinação política ou ideológica” e que teria realizado o ato como uma forma de protesto a uma alegada polarização que prejudicaria o futuro do Brasil.

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